Sem acordo na segunda audiência de conciliação no TRT, Tribunal Regional do Trabalho, realizada na tarde desta quarta-feira, 15, os trabalhadores da fábrica da Renault em São José dos Pinhas, PR, completam amanhã dez dias em greve.

São até agora sete dias úteis sem operações, o que gerou perda de produção acima de 5,3 mil unidades, considerando média diária de 740 a 760 carros fabricados na unidade industrial paranaense.

Ou seja, como a paralisação será mantida nesta quinta-feira, 16, as perdas vão superar 6,1 mil veículos. O SMC, Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, realizaria assembleia as 5h30 da manhã, antes do início do primeiro turno, no caso de haver entendimento entre as partes.

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Mas como a Renault manteve proposta que já havia sido discutida na sexta-feira, 9, na primeira audiência de conciliação, a entidade decidiu unificar a assembleia em um único horário, a partir das 14h.

Em função da greve deflagada no dia 7, a montadora instaurou dissídio coletivo quinta-feira, 9, no TRT, que definiu a greve como abusiva e determinou o retorno imediato ao trabalho sob pena de multa diária pela entidade que os representa (R$ 40 mil por dia).

Os trabalhadores, contudo, mantiveram o movimento na expectativa de um proposta melhor, o que acabou não acontecendo.

A Renault está propondo PPR (Programa de Participação nos resultados) no valor total de R$ 25 mil, com o pagamento da primeira parcela, no valor de R$ 18 mil, três dias após assembleia com a devida aprovação.

A empresa, contudo, não concorda com o aumento real pleiteado pelos trabalhadores, propondo reajuste com base no INPC, Índice Nacional de Preços ao Consumidor.


Foto: Divulgação/Renault

Alzira Rodrigues
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