Metalúrgicos da montadora e da Horse querem PLR maior e melhores condições de trabalho
Sem acordo na reunião de conciliação de quinta-feira,16, os trabalhadores da Renault e da Horse aprovaram proposta de dar prazo de 72 horas para as empresas voltarem a negociar mais segurança no local de trabalho e melhoria da proposta de PLR, Participação nos Lucros e Resultados , assim como a data-base.
A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira, 17, pelo SMC, Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba. A partir do citado prazo, a próxima assembleia dos trabalhadores está marcada para a próxima terça-feira, 21. Até lá, deixarão de ser produzidos perto de 7,7 mil veículos.
A entidade informa que os metalúrgicos rejeitaram proposta da Renault de um PLR de R$ 25 mil com volume de produção de 201 mil carros, sendo a primeira parcela no valor de R$ 18 mil.
“Os trabalhadores voltaram a rejeitar a proposta, a exemplo da assembleia do dia 7 de maio, quando a mesma proposta foi colocada em votação e foi reprovada pelos empregados, dando início à greve”, lembra o SMC.
O presidente do sindicato, Sérgio Butka, diz que a luta não é apenas pela questão financeira:
“Precisamos de um ambiente de trabalho saudável para o trabalhador poder desempenhar bem sua função com segurança. Hoje, na Renault e na Horse, o trabalhador está enfrentando um ritmo de trabalho intenso que coloca em risco sua saúde. É preciso mudar essa situação. Não adianta o trabalhador ganhar um real a mais de PLR colocando em risco sua segurança na linha de produção”.
O sindicalista cita o chamado índice de engajamento do trabalhador na linha de produção, que hoje está em 95%: “Ou seja, dentro do processo de trabalho, o trabalhador tem apenas 5% de tempo para dar uma respirada ou ir ao banheiro. O SMC cobra que empresa baixe esse índice para 85% ou menos”, informa a entidade.
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