A Renault do Brasil revelou no início da noite desta segunda-feira, 20, que a Justiça do Trabalho determinou o aumento de R$ 40 mil para R$ 100 mil do valor da multa diária cobrada do SMC, Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, devido ao descumprimento das decisões anteriores em relação à greve dos funcionários da montadora.
Além disso, estipulou outros R$ 100 mil por dia para o caso de obstrução de acesso à fábrica de São José dos Pinhais, PR, a partir do último sábado, 18. Os funcionários estão parados desde o dia 7, ou seja, há dez dias úteis ou 13 seguidos. No período, a empresa deixou de produzir mais de 7,6 mil veículos.
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Trecho da decisão do gabinete da presidência do TRT, Tribunal Regional do Trabalho, da 9ª Região, publicada na sexta-feira, 17, diz que “a postura do sindicato revela absoluto desprezo à lei e ao Poder Judiciário, sendo presumível de que assim age na certeza de contar com o beneplácito do Judiciário para ter reduzido o valor ou ser isento do pagamento da multa”.
O TRT cita as duas audiências de conciliação realizadas na semana passada, nas quais não se evidenciou a menor disposição da entidade em colaborar na busca de um entendimento. “Aliás, diante da falta de atitude colaborativa, ficou difícil até mesmo de entender qual o objetivo buscado com o movimento grevista”, avalia o TRT ao ampliar o valor da multa diária.
A Renault está propondo pagamento de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 25 mil, com a primeira parcela no valor de R$ 18 mil. Além disso, propõe reajuste em setembro com base no INPC, índice Nacional de Preços ao Consumidor.
O sindicato defende um índice superior ao do INPC e alega necessidade de haver melhoras nas condições de trabalho.
Foto: Divulgação/Renault
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