Mercado

Mercado de máquinas segue por cenários opostos

No fechamento do primeiro quadrimestre, mercado de máquinas agrícolas registra queda, enquanto o de rodoviárias cresce com perspectivas promissoras

Balanço dos segmentos de máquinas dos primeiros quatro meses do ano consolidado pela Anfavea apresenta desempenhos desiguais. Enquanto a demanda do produtor agrícola registrou significativa baixa, a demanda por equipamentos rodoviários se mostra aquecida.

No caso de máquinas agrícolas, as vendas no primeiro quadrimestre somaram 14,6 mil unidades, volume 11,6% menor em relação ao mesmo período do ano passado, de 16,5 mil. No mês passado, quando foi anotada 4,1 mil entregas expressou alta de 8,9% sobre março, mas baixa de 1,7% em relação há um ano.

Segundo Ana Helena de Andrade, vice-presidente da Anfavea, o resultado reflete o preço menor das commodities, o que afasta o produtor do balcão de negócios. “Explica também os recursos do Plano Safra do ano passado esgotados rapidamente”, observou durante apresentação dos números do segmento na terça-feira, 21.

A representante da associação, no entanto, lembra que a depender das condições do Plano Safra 2024/25, ainda gestação pelo governo, há possibilidade de reverter o quadro rapidamente. “O produtor tem capacidade de reação desde que as condições sejam favoráveis. E o governo se mostra sensível a isso.”

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Por sua vez, o segmento de máquinas rodoviárias já mostra comportamento promissor. Nos primeiros quatro meses do ano, as concessionárias absorveram 10,8 mil unidades, alta de 12,8% sobre as 9,6 mil máquinas entregues no primeiro quadrimestre de 2023.

As vendas isoladas em abril também anotaram crescimento. Foram negociadas 2,9 mil unidades, pequena alta de 2,9% na comparação com março, porém representou expressiva expansão de 30,8% sobre o mesmo mês do ano passado.

Além do bom momento que apresenta, o segmento máquinas rodoviárias tem pela frente um horizonte que promete ciclo de investimentos bilionários, com impacto positivo na indústria. Levantamento da Anfavea apontam impulsos vindos dos setores da construção, energia, infraestrutura e mineração.

Somente em uma das rodadas iniciais do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), por exemplo, já estão previstos R$ 21,8 bilhões para mais de 4,1 mil obras nas áreas de saúde, social e educação. Outros R$ 7,8 bilhões se destinam a 441 obras para abastecimento de água, urbanização e contenção de encostas. Tem ainda a previsão de R$ 349 bilhões até 2026 para investimento em infraestrutura logística.


Foto: CNH Industrial/Divulgação

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Décio Costa

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