Após palestra de João Irineu Medeiros, vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Stellantis, no Conexão Sindipeças, o presidente da entidade, Cláudio Sahad, se dispôs a elaborar uma lista de autopeças com potencial de localização e fazer a ponte com os fornecedores interessados em fabricá-las no Brasil.

Ficou acertado no encontro online que a Stellantis terá participação direta no projeto, que visa elencar componentes ligados à segurança veicular e eletrificação que terão demanda ampliada a partir do Mover, Programa de Mobilidade Verde e Inovações, atingindo volumes que irão justificar investimentos em produção local.

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Além de defender a fabricação de baterias no Brasil, João Irineu citou como exemplo de peça a ser nacionalizada a câmera de ré: “Hoje a demanda está em torno de 60 mil unidades/ano. Com sua obrigatoriedade a partir de 2028/2029, serão necessárias 2,3 milhões de unidades por ano, quiçá até mais, perto de 3 milhões”.

Na opinião do vice-presidente da Stellantis, localização é a palavra-chave hoje no setor. A maioria das montadoras vai aproveitar os incentivos do Mover para produzir modelos eletrificados, primeiro os híbridos e depois também os 100% elétricos. A Stellantis, por exemplo, vai lançar um híbrido flex a etanol no Brasil ainda este ano.

Outros participantes do Conexão Sindipeças foram Ualace Moreira Lima, secretário de Desenvolvimento Indústria, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, e José Luiz Gordon, diretor do BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico.

Ambos abordaram as oportunidades do Mover e programas do atual governo em prol da neoindustrialização. O último palestrante foi Márcio Alfonso, diretor de Engenharia, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da GWM, Great Wall Motors, que atuou anteriormente na Caoa Chery é é um especialista em eletrificação.

Na ocasião, Alfonso revelou pleito da montadora para habilitação ao Mover e a busca atual por fornecedores aqui instalados interessados em trabalhar com a marca chinesa.


Foto: Divulgação/Stellantis

Alzira Rodrigues
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