Após 22 dias de paralisação e da aprovação da continuidade do movimento em assembleia realizada em frente à fábrica de São José dos Pinhais, PR, na tarde desta terça-feira, 28, a Renault do Brasil informou que, em função da greve ilegal, “a empresa só voltará a negociar após a retomada da produção”.
A montadora, que já deixou de produzir perto de 12,8 mil veículos, mais do que vende em um mês no Brasil, propõe o pagamento de R$ 25 mil de PLR, Participação nos Lucros e Resultados, e reajuste salarial em setembro com base no INPC, Índice Nacional de Preços ao Consumidor.
LEIA MAIS
→Por causa da greve, Renault deixou de produzir 10,5 mil veículos
→Trabalhadores da Renault querem PLR de R$ 30 mil
Os trabalhadores pleiteiam R$ 30 mil de PLR e aumento real de salário com base no PIB de 2022, que foi de 3,02%. Considerando o INPC previsto de 3,66%, querem reajuste total de 6,80%.
A greve também atinge a fábrica de motores Horse, que opera no mesmo complexo paranaense da Renault. O SMC, Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, insiste sobre a necessidade da contratação de pelo menos mais 300 trabalhadores na fábrica de São José dos Pinhais, a fim de evitar sobrecarga dos que operam nas linhas de montagem.
“A luta dos trabalhadores é para que consigam preservar sua saúde e segurança no local de trabalho”, argumenta o presidente do SMC, Sérgio Butka. “Infelizmente, a Renault tem insistido em empurrar uma proposta que já foi rejeitada três vezes pelos trabalhadores e, simplesmente, se negado a negociar demais alternativas numa postura lamentável de falta de diálogo”.
O SMC informou que sobre o pedido de novas contratações a empresa se dispõe a abrir 50 postos de trabalho.
- Tera, o nome do novo SUV da Volkswagen - 4 de novembro de 2024
- Alckmin na Fenatran: falta de recursos empaca renovação de frota. - 4 de novembro de 2024
- Iveco destina R$ 510 milhões para P&D até 2028 - 4 de novembro de 2024