Não tinha como ser diferente. Com seus trabalhadores em greve há 28 dias no Paraná, a Renault foi, dentre as principais do mercado, a marca de maior recuo de vendas em maio.
A montadora francesa teve apenas 7,3 mil veículos licenciados diante de 11,9 mil negociados em abril, queda de aproximadamente 38%, praticamente três vezes a média do mercado, já impactado pela interrupção quase total dos negócios no Rio Grande do Sul e pela morosidade no processo de liberação dos veículos importados por parte do Ibama.
Com esse desempenho justamente em período em que aumentaria a oferta do Kardian, seu mais recente produto nacional e que está nas concessionárias há apenas dois meses, a Renault apareceu somente como a oitava marca mais vendida.
Em abril, foi a sexta colocada, à frente de Jeep e Nissan, as duas concorrentes que a ultrapassaram no mês passado.
No topo do ranking, a Fiat, mais uma vez, superou com tranquilidade as adversárias, valendo-se particularmente do bom desempenho comercial da picape Strada, que foi a líder geral entre automóveis e comerciais leves.
A marca alcançou 38,7 mil emplacamentos ou 21% de participação.
No acumulado dos cinco primeiros meses de 2024, já vendeu 182,3 mil veículos, volume que representa 20,8% do mercado e quase 43 mil unidades a mais do que a segunda colocada Volkswagen (138,6 mil), que responde por 15,8% dos licenciamentos no ano.
Com 27,7 mil unidades, a Volkswagen sustentou também a segunda posição em maio, à frente novamente da General Motors, com 25,8 mil, e da Hyundai, quarta colocada ao negociar 15,6 mil veículos e superar por bem pouco a Toyota (15 mil).
No top 10 do mercado, vale ressaltar a BYD mais uma vez como a décima marca mais negociada no mês, com quase 5,3 mil unidades. Mesmo importadora, superou a Caoa Chery (4,9 mil) e vendeu mais do que o dobro da Citroën, que somou menos de 2,6 mil unidades somente.
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Foto: Divulgação
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