Além de montadoras paradas, como a GM, questões logísticas afetaram fábricas de outras regiões
De um total de 43 mil veículos que deixaram de ser produzidos em maio, 12 mil entram na conta das chuvas no Rio Grande do Sul, em função tanto da paralisação de montadoras lá instalados como de questões logísticas, dentre as quais o desabastecimento de autopeças que afetou fábricas de outras regiões.
A Volkswagen, por exemplo, concedeu férias coletivas de 10 dias para todas as suas operações fabris de São Paulo. A produção também foi prejudicada pela greve na Renault, que durou 29 dias e só acabou no início de junho, e pela operação padrão do Ibama, segundo informou nesta sexta-feira, 7, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, ao divulgar os números do setor.
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Saíram das linhas de montagem das montadoras em maio perto de 167 mil veículos, queda de 24,9% sobre abril, que foi o melhor mês do ano até agora, com 222 mil unidades. No ano, a produção acumula 942,8 mil, com pequena alta de 2,9% sobre as 926,8 mil dos primeiros cinco meses de 2023.
São mais de 500 fornecedores no Rio Grande do Sul e cerca de 600 concessionários. “Foram perdidos 6,5 mil emplacamentos no Estado, com queda de 64% nas vendas de maio com relação a abril”, informou Lima Leite.
No total, o mercado doméstico absorveu 194,3 mil veículos no mês passado, entre leves e pesados, ante os 220,8 mil de abril. Ou seja, queda de 12%.
No acumulado de janeiro a maio do ano foram emplacadas 930 mil unidades, alta de 15,7% sobre idêntico período de 2023. Do total, 17,1% foram modelos importados, principalmente elétricos e híbridos vindos da China, o que começa a preocupar a Anfavea.
O receio é de que haja comprometimento dos investimentos programados em função dessa enxurrada de carros chineses.
Foto: Divulgação/GM
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