Não será grande surpresa se a RAM finalizar 2024 como a terceira marca mais vendida dentre as cinco do portfólio da Stellantis no Brasil. Transcorridos os primeiros cinco meses do ano, está bem próxima do pódio onde, pela ordem, estão Fiat e Jeep desde a fusão da FCA coma PSA, em 2021.
A RAM atingiu no período 11,9 mil licenciamentos, quase 300% a mais do que em igual período de 2023, e colou nos 12,3 mil da Citroën, por enquanto a terceira coloca, mas abriu boa dianteira para a Peugeot, que contabilizou somente 9,4 mil automóveis e comerciais leves.
A marca tem experimentado verdadeiros saltos de crescimento de vendas desde o ano passado, quando a Rampage, produto de entrada e primeira picape nacional da linha, chegou às revendas em junho.
Das pouco mais de 2,7 mil unidades alcançadas pela RAM em 2021, chegou a 5 mil um ano depois e encerrou 2023 com quase 17 mil unidades. Se mantiver até dezembro a média de 2,4 mil licenciamentos mensais registrada de janeiro a maio, terá, mais uma vez, quase dobrado as vendas, superando 28 mil emplacamentos.
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Mais do que a boa aceitação, como é flagrante em cidades voltadas ao agronegócio, dos sofisticados modelos maiores e importados — e naturalmente mais caros —, a Rampage é a mola que impulsiona esse acelerado crescimento. No ano passado, bastaram seis meses nas lojas para vender 8,6 mil unidades, precisamente metade do total da marca.
Em 2024, o desempenho é melhor ainda. A fatia do modelo produzido em Goiana, PE, chegou a 80% do mix da marca. Na prática, de cada dez RAM vendidas no mercado interno, oito são Rampage.
Os 9,4 mil licenciamentos registrados até maio praticamente confirmam a expectativa dos executivos da Stellantis, manifestada quando do lançamento do modelo, de vender por volta de 2 mil unidades mensais. A média dos cinco primeiros meses bateu na casa de 1,9 mil — 2,3 mil só em maio.
Outra possível boa consequência desse recente desempenho comercial pode ser a ascensão da RAM também no ranking de marcas que atuam no segmento de comerciais leves. Em 2023, apareceu na 7ª posição, mas distante da 6ª colocada Renault, que na soma dos furgões Master e Kangoo com a picape Oroch, chegou a 23,5 mil comerciais leves.
Este ano já tomou o lugar da montadora francesa e tem a marginal desvantagem de 428 emplacamentos para a Ford, que negociou 12,3 mil furgões e picapes.
Foto: Divulgação
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