A Renault emitiu nota no início da noite desta terça-feira, 11, informando que em decorrência do resultado da assembleia realizada no início da tarde e da posição do sindicato em levar os colaboradores a uma nova paralisação sem aviso prévio, vai retomar o processo de dissídio coletivo na Justiça do Trabalho, “que será a responsável por decidir as condições do acordo coletivo de trabalho”.
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A montadora com fábrica em São José dos Pinhais, PR, havia retomado as negociações após os trabalhadores decidirem na semana passada pelo retorno ao trabalho após um período de 29 dias de greve considerada ilegal pelo TRT, Tribunal Regional do Trabalho.
A empresa manteve alguns itens da proposta anterior, como PLR, Participação de Lucros e Resultados, de R$ 25 mil, mas avançou em outros, como na contratação de 70 trabalhadores por período determinado para evitar sobrecarga de trabalho dos que operam nas linhas de montagem.
A Renault insiste que a sua proposta de PLR é a melhor entre os fabricantes de veículos de passeio e comerciais leves do País. Ao rejeitar a proposta, os trabalhadores decidiram por um dia de protesto, voltando a paralisar a produção na fábrica paranaense até às 14h da quarta-feira, 12, quando haverá nova assembleia.
Também o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, SMC, emitiu comunicado no início da noite desta terça-feira, 11, destacando que “a reivindicação dos trabalhadores é por mais segurança no local de trabalho e pela contratação de mais 300 trabalhadores para suprir a linha de produção”.
Outra reivindicação se refere ao índice de engajamento do trabalhador na linha de produção que está em 95%, ou seja, dentro do processo de trabalho, o funcionário tem apenas 5% de tempo para dar “uma respirada” ou ir ao banheiro. O SMC cobra que a empresa baixe esse índice para 85% ou menos.
“Os trabalhadores estão unidos e determinados na luta por um local de trabalho saudável e seguro e, novamente, deram esse recado para a Renault em alto e bom som. Simplesmente não dá para entender a postura da montadora em querer dificultar as negociações, preferindo levar prejuízo do que atender as legitimas reivindicações dos trabalhadores”, diz o presidente do SMC, Sérgio Butka.
Foto: Divulgação/Renault
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