Alíquotas de até 38% são adicionais aos 10% já cobrados pelo bloco
Menos de um mês depois de os Estados Unidos quadruplicarem as tarifas para 100%, a União Europeia também elevou as barreiras aos veículos elétricos fabricados na China.
Nesta quarta-feira, 12, por meio da Comissão Europeia, o bloco informou que aplicará taxas sobre os modelos chineses movidos a bateria a partir de julho. As tarifas são provisórias e adicionais aos 10% já recolhidos pelos produtos chineses para ingressarem no mercado europeu.
A União Europeia seguirá investigando as eventuais subvenções por parte da China aos fabricantes locais e só a partir de novembro, caso confirmadas irregularidades, as penalidades poderão, mediante votação dos países do bloco, ser definidas para um período de cinco anos.
A entidade teria identificado, desde que iniciou as investigações em outubro, a existência de diversas formas de subvenções governamentais chinesas, como empréstimos baratos, reduções fiscais, isenções de IVA e descontos nos preços de bens e serviços.
Curiosamente, os índices vão variar entre marcas, já que a comissão disse que aplicaria taxas diferenciadas para as empresas que cooperam com a investigação e as que não colaboram.
Sobre os modelos da BYD, por exemplo, incidirão 17,4%, enquanto para os da Geely serão recolhidos 20% e 38,1 no caso dos veículos da SAIC. Montadoras ocidentais que fabricam na China e exportam automóveis para Europa foram consideradas colaboradoras.
LEIA MAIS
→ Estados Unidos elevam tarifa sobre carros chineses a 100%
“O objetivo é restaurar condições de concorrência equitativas e garantir que o mercado europeu permaneça aberto aos veículos elétricos da China, desde que estes cumpram as regras comerciais acordadas globalmente”, justificou Valdis Dombrovskis, diretor executivo da Comissão Europeia.
O governo chinês já adiantou que está acompanhando o movimento na Europa e que adotará medidas para salvaguardar os interesses dos fabricantes chineses.
Racha interno
Os veículos elétricos chineses, incluindo de marcas ocidentais como BMW e Tesla, alcançaram mais de 437 mil unidades negociadas na Europa em 2023, quase oito vezes mais do que em 2020. A participação das marcas chinesas no mercado europeu de elétricos a bateria ficou em 7,9% no ano passado e analistas europeus projetam 20% em mais três anos, caso não haja restrições.
A poderosa VDA, associação dos fabricantes de veículos da Alemanha, país com a maior indústria automotiva da Europa, já havia manifestado sua preocupação com a adoção de tarifas adionais sobre os modelos chineses. Segundo a entidade, além de poderem deflagrar uma ruidosa guerra comercial, elas não fortalecerão a competitividade da indústria europeia.
Em contrapartida, Itália e França, cujos setores automotivos têm atualmente menos interesses a preservar no mercado chinês, estariam apoiando as restrições adota pelo bloco.
Foto: Divulgação
Com reforço no portfólio de semipesados, expectativa da marca é de dobrar ao menos dobrar…
Produzido em Taubaté, modelo inédito chegará no mercado brasileiro em 2025
No compromisso pela descarbonização, marca passa a dispor sob consulta modelo B100 flex
Presidentes da Anfavea e da NTC&Logística foram enfáticos quanto à importância do programa no contexto…
Modelos eActros eCanter rodarão em 2025 em operações de oito empresas clientes da marca
Anúncio foi feito pelo presidente da montadora na Fenatran, também palco de lançamento do Iveco…