Ricado Bastos diz que esse não pode ser o sonho de uma empresa só
Um sonho da maioria dos executivos do setor automotivo que atuam no Brasil, a produção de baterias para veículos leves depende de volume que justifique os necessários investimentos, o que dificilmente será obtido por ações isoladas de marcas que estão investindo na produção local de eletrificados, em especial os híbridos.
A partir dessa premissa, o presidente da ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico, Ricardo Bastos, pretende lançar um movimento visando criar um pool de empresas interessadas em fazer com que o sonho se torne realidade.
“Nossa ideia é que a ABVE coordene esse pool, juntando tanto montadoras como fabricantes locais de outros tipos de bateria. Em viagem recente à China eu conheci o presidente da ABDI, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Ricardo Capelli, e ficamos de nos encontrar para encaminhamento conjunto dessa proposta”, informou Bastos.
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O executivo acredita que a produção de baterias no Brasil não pode ser sonho de uma empresa só. Ele lembra que as chinesas BYD e GWM, por exemplo, têm subsdiárias que produzem baterias, respectivamente a CATL e a Svolt, assim como outras marcas mantém joint-ventures ou outros tipos de parcerias lá fora para garantir o fornecimento desses componentes.
A aproximação com a ABDI, segundo o executivo, tem por objetivo obter o apoio do governo para o projeto. “Eu e Ricardo Capelli já conversamos sobre uma futura viagem à China para vermos de perto como se dá a produção de baterias lá”.
O objetivo é colher subsídios para lançar a ideia do pool no Brasil, um projeto que, na sua avaliação, seria de interesse de todos:
“Para ganharmos volume é preciso exportar para países com os quais o Brasil mantém acordos bilaterais, caso da Argentina e do México. E só é possível exportar para esses mercados se tiver conteúdo local. Ou seja, a nacionalização é importante para todas as marcas que estão investindo no desenvolvimento de eletrificados e as baterias têm peso importante nesse contexo”.
Bastos, que é diretor de Assuntos Institucionais da GWM do Brasil, lembrou ainda que as baterias não se limitam ao uso automotivo, ou seja, o pool poderia gerar negócios além do setor, propiciando ganhos para todas as empresas que abraçarem o projeto.
Foto: Divulgação/GWM
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