Indústria

ABVE defende criação de pool para produção de baterias no Brasil

Ricado Bastos diz que esse não pode ser o sonho de uma empresa só

Um sonho da maioria dos executivos do setor automotivo que atuam no Brasil, a produção de baterias para veículos leves depende de volume que justifique os necessários investimentos, o que dificilmente será obtido por ações isoladas de marcas que estão investindo na produção local de eletrificados, em especial os híbridos.

A partir dessa premissa, o presidente da ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico, Ricardo Bastos, pretende lançar um movimento visando criar um pool de empresas interessadas em fazer com que o sonho se torne realidade.

“Nossa ideia é que a ABVE coordene esse pool, juntando tanto montadoras como fabricantes locais de outros tipos de bateria. Em viagem recente à China eu conheci o presidente da ABDI, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Ricardo Capelli, e ficamos de nos encontrar para encaminhamento conjunto dessa proposta”, informou Bastos.

LEIA MAIS

GWM quer produzir 20 mil SUVs em Iracemápolis em 2025

Toyota tem planos de montar baterias no Brasil

O executivo acredita que a produção de baterias no Brasil não pode ser sonho de uma empresa só. Ele lembra que as chinesas BYD e  GWM, por exemplo, têm subsdiárias que produzem baterias, respectivamente a CATL e a Svolt, assim como outras marcas mantém joint-ventures ou outros tipos de parcerias lá fora para garantir o fornecimento desses componentes.

A aproximação com a ABDI, segundo o executivo, tem por objetivo obter o apoio do governo para o projeto. “Eu e Ricardo Capelli já conversamos sobre uma futura viagem à China para vermos de perto como se dá a produção de baterias lá”.

O objetivo é colher subsídios para lançar a ideia do pool no Brasil, um projeto que, na sua avaliação, seria de interesse de todos:

“Para ganharmos volume é preciso exportar para países com os quais o Brasil mantém acordos bilaterais, caso da Argentina e do México. E só é possível exportar para esses mercados se tiver conteúdo local. Ou seja, a nacionalização é importante para todas as marcas que estão investindo no desenvolvimento de eletrificados e as baterias têm peso importante nesse contexo”.

Bastos, que é diretor de Assuntos Institucionais da GWM do Brasil, lembrou ainda que as baterias não se limitam ao uso automotivo, ou seja, o pool poderia gerar negócios além do setor, propiciando ganhos para todas as empresas que abraçarem o projeto.


Foto: Divulgação/GWM

 

 

Compartilhar
Publicado por
Alzira Rodrigues

Notícias recentes

Volvo garante cinco estrelas no primeiro Truck Safe do Euro NCAP

Novo protocolo de testes de segurança da organização passa por avaliações dos estágios de um…

% dias atrás

Dulcinéia Brant é a nova VP de compras da Stellantis na região

Ela substitui Juliano Almeida, que terá nova posição global na empresa

% dias atrás

Automec 2025 terá 700 expositores de outros países

É um número 20% superior ao da edição de 2023, também realizada no São Paulo…

% dias atrás

Stellantis apresenta a STLA Frame para veículos grandes

Plataforma a bateria da fabricante promete autonomia de até 1.100 km

% dias atrás

Com fraco desempenho de elétricos, mercado europeu cresce 0,7% em 2024

Ford vai demitir 4 mil trabalhadores na região até 2027

% dias atrás

Mercedes-Benz negocia 480 ônibus para BH

Transporte de passageiros

% dias atrás