A chinesa Foton apresentou nesta segunda-feira, 17, as novas gerações dos caminhões leves e semi-pesado Aumark e Auman para o mercado brasileiro. Junto deles, também o mini caminhão elétrico Wonder.
Os três modelos materializam a ambição da montadora, agora com operação própria, depois de mais de uma década representada por parceiro local, de ter papel mais relevante no País.
E bota relevante nisso! Williams Jiang, vice-presidente de Marketing da Foton International, presente ao evento de apresentação dos produtos que chegarão no segundo semestre, foi taxativo: a marca tem o firme objetivo de deter perto de 10% de participação em caminhões leves e semi-leves até 2028 no mercado brasileiro. Algo como 13 mil a 15 mil unidades por ano.
O país, afirma, é considerado estratégico para os planos de expansão global da marca e que envolvem, além de constituição de operações de montagem e comerciais em vários países, também a exportação, a partir da China, de 300 mil caminhões anuais até 2030, sendo perto de 100 mil dotados de novas tecnologias, como híbridos, elétricos e a célula de combustível de hidrogênio.
Know-how de produção e vendas de veículos comerciais a Foton tem de sobra, pelo menos em seu país natal, onde é líder do segmento. Desde sua fundação, em 1996, a empresa já colocou nas ruas mais de 11 milhões de veículos, sobretudo caminhões, mas também ônibus, picapes e vans.
Para, na prática, reiniciar sua história no Brasil e galgar vendas bem mais expressivas do que os 247 caminhões vendidos em 2023, a Foton pretende ampliar sua atual rede de concessionárias. Das atuais 30 para 45 casas até o fim de 2024 — e aumentar ainda mais esse número nos anos seguintes.
Mas os recursos vão muito mais além e são bem mais ambiciosos. Segundo Jiang, estudos encaminhados e bem avançados indicam como muito factível a produção no Brasil, em fábrica própria, dos caminhões leves e até mesmo, em uma bem mais longínqua segunda etapa, da picape híbrida Tunland e da linha pesada de caminhões.
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“Queremos oferecer ao Brasil toda a nossa linha de produtos”, enfatizou o executivo, considerando também os veículos importados, inclusive as vans.
A ideia é ter uma definição nos próximos dois anos para poder oferecer os primeiros modelos nacionais já em 2028. O executivo não fala, porém, se a eventual futura fábrica operará em regime CKD ou em outra fórmula, apenas que tem várias possibilidades consideradas nas planilhas, inclusive o recurso de lançar mão de estrutura produtiva já existente de empresas parceiras.
Coincidência ou não, há duas semanas Foton e Iveco, que fábrica caminhões e comerciais leves aqui, assinaram acordo de cooperação mundial nas áreas de veículos, componentes elétricos, negócios conjuntos e sinergias produtivas na Europa e América do Sul.
Foto: Divulgação
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