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CBMM, Toshiba e VWCO reduzem tempo de carregamento de ônibus elétrico com bateria a base de nióbio

Parceria desenvolveu o primeiro protótipo que precisa de apenas 10 minutos para recuperar 100% da energia

A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), a Toshiba e a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) apresentaram o primeiro protótipo de ônibus ao utilizar tecnologia de bateria de lítio com nióbio.

A solução é inédita no mundo e promete entregar mais uma alternativa de mobilidade elétrica para aplicações urbanas no transporte coletivo, com vantagens em relação à bateria convencional.

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O uso do nióbio providencia baterias com maior vida útil. Enquanto a tecnologia de bateria atual estima em torno de 4 mil ciclos de carga e descarga, a com nióbio chega aos 10 mil.

Depois, garante carregamentos ultrarrápidos, de apenas 10 minutos para recuperar 100% da energia, o que compensa a pequena autonomia de só 60 km. O arranjo de baterias também é menor e mais leves, que se traduz para o operador mais capacidade de transporte de passageiros.

“A projeto incorpora o conceito de recarga de oportunidade por meio de pantógrafo de 300 kW acionado por wi-fi, o que reduz o tamanho da infraestrutura e que pode ser instalada na rota do ônibus”, exemplifica Rodrigo Chaves, chefe da tecnologia da VWCO. “Além de não precisar de intervenção humana, tem potencial de otimizar em 50% os custos em infraestrutura.”

O projeto de desenvolvimento da bateria com nióbio ocorre há seis anos em parceria com CBMM e a Toshiba, com o surgimento de uma primeira planta piloto de processamento do material, em Araxá (MG), em 2018. A VWCO chegou em 2021, com o fornecimento de chassi e conhecimento em desenvolvimento de veículos.

O veículo, baseado em um chassi Volksbus de 18 toneladas, entra agora em fase de testes em condições reais, nas dependências mineiras da CBMM. As parceiras estarão em conexão on-line com o modelo por tempo indeterminado, que deve evoluir para uma pequena frota. “Será a fase de confirmar resultados, avaliar desempenho e durabilidade do veículo”, resume Chaves.

Desde 2017 a CBMM aplica em torno de R$ 50 milhões anuais em projetos para aplicações do nióbio, são mais de 40 em andamento. Somente no ano passado, o investimento da empresa alcançou R$ 230 milhões, dos quais R$ 150 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento em geral e R$ 80 milhões no de baterias para ônibus.


Foto: CBMM/Divulgação

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Décio Costa

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