“Éum ano de preparação”, comenta Gonzalo Ibarzábal, o presidente da Nissan do Brasil sobre as ações da empresa em 2024, revelando que em maio houve parada de quatro semanas na produção para preparar a fábrica de Resende, RJ, para receber novos modelos e um novo motor a partir do ano que vem.

Apesar dessa paralisação, a empresa mantém meta de ampliar vendas em 15% este ano – de 72,5 mil para 83,5 mil unidades – e crescer acima da média do mercado com consequente ganho de participação. “Fechamos 2023 com market share de 3,5% e queremos chegar a 3,9% em 2024”, comentou o executivo.

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A Nissan anunciou em novembro a ampliação do seu investimento no País para R$ 2,8 bilhões. O objetivo é desenvolver e produzir dois novos SUVs e um motor turbo 1.0 totalmente novo. Um dos veículos será o novo Kicks, mas a intenção é a de manter na linha a geração atual.

No processo de adaptação do complexo de Resende, a Nissan enviou 120 brasileiros para o Japão, que serão capacitados para operar as novas linhas e passarão conhecimento para os demais colaboradores locais.

Atualmente, a fábrica do sul-fluminense produz apenas o Kicks. A linha da marca é complementada pela picape Frontier, que vem da Argentina, e os sedãs Versa e Sentra, importados do México.

Segundo Ibarzábal, a chegada de novos modelos nas linhas de montagem envolve muitas adequações, todas em andamento. A partir de 2025, quando será lançado o primeiro SUV novo, a intenção da Nissan é tornar o complexo de Resende um hub de exportação.

“Atualmente, o Kicks é exportado só para a Argentina e Paraguai. Com o novo modelo que lançaremos em 2025, totalmente desenvolvido no Brasil, vamos passar a exportar para 20 mercados da América Latina”, comentou o presidente da Nissan, destacando que a empresa segue buscando novos fornecedores para ampliação de conteúdo local.

Ibarzabal preferiu não falar de híbridos, dizendo que por enquanto a empresa ainda avalia qual tipo de eletrificado terá no Brasil. Questionado sobre o crescimento das marcas chinesas no País, comentou que a Nissan convive com os chineses em outros mercados e não teme perder vendas por conta da chegada de novas empresas aqui.


Foto: Divulgação

Alzira Rodrigues
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