Em 2023, até maio, saldo era positivo em 82,1 mil unidades. Em 2024, déficit é de 44,5 mil carros e comerciais leves.
Não chega a ser histórico, mas em poucos momentos a indústria brasileira viveu a situação atual de importar mais veículos do que exportar. Entre eles, o da época da abertura, no início dos anos 90, e o do auge do mercado interno, em 2011/2012, quando houve mais de 3,6 milhões de emplacamentos no País.
Considerando o balanço dos primeiros cinco meses do ano, as importações de veículos leves cresceram 40,3%, para 156.827, e as exportações caíram 29,7%, para 136.342. Um saldo negativo de 44,5 mil unidades no período.
Há um ano o quadro era totalmente inverso. De janeiro a maio de 2023 foram importados 111.741 automóveis e comerciais leves e exportados 193.830. Um saldo positivo de 82,1 mil veículos.
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Os números atuais não só preocupam como servem de base para a Anfavea estar tentando antecipar a cobrança da alíquota de 35% do Imposto de Importação para os modelos eletrificados.
São eles, principalmente os vindos da China, que estão acelerando as importações em momento que as montadoras enfrentam dificuldades para exportar.
Dos 157 mil veículos importados este ano, 42,8 mil vieram da China, volume que representou alta de 510% no comparativo interanual. A Argentina mandou para o Brasil 72,1 mil unidades e o México, 17,8 mil.
Quando divulgou o balanço do setor nos primeiros cinco meses do ano, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, admitiu que “o momento é de cautela”.
Os maiores importadores atualmente são as chinesas BYD e GWM, que têm planos de produção local e comercializam por aqui apenas modelos híbridos e 100% elétricos.
A alíquota de importação de eletrificados tinha sido zerada e voltou a subir gradativamente a partir de janeiro deste ano, até chegar aos 35% em 2026. Em julho vai subir para 18% e chega a 25% daqui um ano.
A participação dos importados no mercado brasileiro está em 17,1% este ano. O índice era de 12% em 2021, passou para 13% em 2022 e chegou a 15,2% no ano passado.
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