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Com mais dois SUVs, Nissan amplia para 117 a base de fornecedores no Brasil

"Sao 24 empresas a mais", revela Guy Rodrigues em entrevista na qual detalha os planos da marca para crescer no País

Em visita ao Brasil para acompanhar os preparativos da fábrica de Resende, RJ, para receber dois novos modelos e um motor turbo 1.0, o presidente da Nissan América Latina, Guy Rodríguez, atendeu um grupo de jornalistas e não se furtou a abordar diferentes temas, desde o bom momento da marca no País até a concorrência maior dos chineses no mercado local.

Realizado na manhã desta quinta-feira, 27, na sede da empresa na capital paulista, o encontro também teve a participação do presidente da Nissan no Brasil, Gonzalo Ibarzábal. Entre os temas abordados, um de destaque foi sobre os planos da marca com relação aos híbridos e elétricos:

“Vamos ter híbrido”, disse Rodriguez, que também falou do e-power, tecnologia exclusiva da Nissan que utiliza um motor a combustão exclusivamente para abastecer o motor elétrico: “Tecnologia nós temos, vamos trazer no momento certo”.

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Enfim, os dois executivos preferiram não especificar datas com relação aos eletrificados, focando mais no curto e médio prazos. No contexto do investimento de R$ 2,8 bilhões até o final da década, anunciado em novembro, dois novos SUVs serão produzidos no Brasil.

Por conta deles, a Nissan está ampliando sua rede de fornecedores de 93 para 117 fornecedores: “São 24 empresas a mais da área de autopeças que passam a fornecer para a nossa fábrica do sul-fluminense”.

Dos dois novos modelos com produção local, um será o novo Kicks, maior que o atual, cuja linha de montagem não será descontinuada.

“O outro, totalmente novo, terá o Brasil como base de exportação para mais de 20 países da América Latina”, garante Rodriguez, sem revela o porte do modelo. Ele adiantou, contudo, que também será comercializada no Brasil uma nova picape pequena a ser produzida na Argentina em operação conjunta com a Renault.

A Nissan cresceu 35% este ano e outros 34% nos primeiros cinco meses deste ano. A meta para 2024 é de expansão de 15%, de 72,5 mil unidades vendidas no ano passado para 83,5 mil. “Fechamos 2023 com market share de 3,5% e queremos chegar a 3,9% em 2024”, lembrou Gonzalo.

A meta para 2026 é a de atingir market share de 6%. O índice até pode ser maior, mas os dois executivos disseram que preferem concentrar-se nessa projeção por enquanto.

A Nissan vender 403 mil veículos na América Latina no ano passado, das quais 91% produzidas localmente.

Sobre a crescente participação dos veículos chineses no mercado brasileiro, Rodriguez diz que a marca já concorre com os chineses na China há muito tempo e não há o que temer.

“O importante é termos regras claras”, comentou o executivo, sem se posicionar nem a favor nem contra do pedido da Anfavea no sentido de o governo antecipar de 2026 para este ano a cobrança do Imposto de Importação de 35% para os eletrificados.

Lembrando que marcas chineses que estão importando atualmente têm planos de produzir no Brasil, o presidente da Nissan América Latina disse que novos fabricantes são bem-vindos.

“Nossos invesimentos são de longo prazo e estaremos aqui daqui a dez anos. E daqui a dez anos seremos maiores do que hoje. Vamos ter de trabalhar mais de exportar mais. Mas estaremos aqui”, conclui Rodriguez, aproveitando a vinda ao Brasil para elogiar o Mover, Programa de Mobilidade Verde e Inovação, que traz a tão necessária previsibilidades para o setor.


Foto: Divulgação/Nissan

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Publicado por
Alzira Rodrigues

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