Estimativa de alta na produção baixou de 6,2% para 4,9%. Vendas internas crescem 10,9%, mais que o previsto, e exportações despencam 20,8%.
Com importações em expressiva alta de 37,7% e exportações em queda acentuada de 28,3% no primeiro semestre do ano, a indústria automotiva brasileira manteve produção praticamente estável no acumulado até junho.
Foram fabricadas 1,138 milhão de unidades, com insignificante crescimento de 0,5 sobre total de 1,132 milhão no mesmo período de 2023.
“Se exportações e importações este ano tivessem sido iguais às do ano passado, as montadoras teriam fabricado 200 mil veículos a mais e a produção não teria ficado estagnada no semestre. Ao contrário, teria crescido 11%”, comentou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, ao divugar os números do semestre e as consequentes revisões das projeções para 2024.
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Diante do atual quadro, a produção, que cresceria 6,2%, deve registrar alta de apenas 4,9%, de 2,325 milhões para 2,440 milhões de veículos. A de veículos leves terá acréscimo de só 3,4%, para 2,280 milhões de unidades, e a de pesados de 32,1%, para 160 mil (nesse caso não houve alteração).
Já as exportações, antes previstas como estáveis, tendem a cair 20,8%, de 382 mil para 300 mil, a maior revisão feita pela entidade. O único índice reprogramado para cima foi o do mercado interno. No total, as vendas devem crescer 10,9% (anteriormente se previa 6,1%), de 2,180 milhões para 2,560 milhões.
Por segmento, a expansão do mercado de leves foi revista de 5,7% para 10,9%, com 2,417 milhões de licenciamentos no ano, com participação expressiva dos importados. A meta de venda de pesados baixou de 13,6% apra 10,9%, com total de 143 mil unidades.
Por conta dos números do acumulado do semestre, o presidente da Anfavea insistiu na necessidade de o governo retomar de imediato o Imposto de Importação de 35% para os veículos eletrificados. Pelo cronograma atual, esse índice só seria atingido em 2026.
” Nossa projeção de crescer produção leva em conta a retomada da alíquota. Se isso não ocorrer, a produção não cresce e há risco até mesmo de paralisações de fábricas no segundo semestre”.
O setor inverteu sua curva da balança comercial este ano. Foram exportados apenas 165,3 mil veículos, enquanto as importaçoes atingiram 198 mil unidades, crescimento de 37,7%. No ano passado os números foram de, respectivamente, 230 mil e 144 mil.
“Isso gerou a citada perda de 200 mil veículos, o equivalente à produção anual de uma fábrica”, destacou Lima Leite.
Foto: Divulgação/Nissan
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