AHonda vendeu no primeiro semestre 38,1 mil veículos no mercado interno. O número representa 12% de crescimento ante os licenciamentos de igual período do ano passado e mereceu até mesmo texto oficial de comemoração divulgado pela própria montadora.
Não seria nada de se estranhar não fosse o fato de o mercado de automóveis de passeio, na mesma comparação, ter evoluído 15,7%, ou seja, 30% a mais do que a marca japonesa, que, assim, perdeu fração de sua já modesta participação.
A Honda aparece na 8ª posição no ranking de vendas da Fenabrave do primeiro semestre, com fatia de 4,5%, logo à frente da Nissan, que respondeu por 4,3% dos emplacamentos de automóveis.
Mesmo produzindo localmente e contando ainda com modelos importados, as duas marcas já estão na alça de mira da novata e 10ª colocada BYD, que terá seus primeiros automóveis fabricados em Camaçari, BA, somente no primeiro semestre de 2025.
Curioso é notar que a BYD só negocia aqui automóveis eletrificados, enquanto as concorrentes também oferecem veículos com motores flex, além de eletrificados importados. Apesar disso, o flex nacional Honda City Hatch, assim como outros modelos do segmento de hatches pequenos, tem sofrido com os BYD a bateria.
Dolphin e Dolphin Mini já acumularam, respectivamente, 9,6 mil e 9 mil licenciamentos de janeiro a junho e aparecem à frente do modelo da Honda, que acumulou 5,7 mil unidades no período, 15% menos do que no primeiro semestre de 2023, quando os dois concorrentes ainda nã o eram oferecidos no Brasil.
O City Hatch é apenas o 10º colocado entre doze veículos elencados pela Fenabrave na categoria. Onze, a rigor, se considerarmos que o Renault Sandero, 12º, está literalmente no fim da linha depois da chegada do Kardian.
Outro produto nacional da montadora japonesa, o City sedã não tem tido melhor sorte. Com 6,2 mil emplacamentos nos seis primeiros meses de 2024, é apenas o 4º entre os cinco veículos da categoria de sedãs compactos, liderada pelo Chevrolet Onix, que vende cinco vezes mais.
Em igual período de 2023, o City somou 6,6 mil unidades vendidas e foi o terceiro colocado com participação de 10,7% no segmento, ante 9,3% em 2024.
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Outro agravante: o recuo de quase 5% no licenciamentos se deu em ambiente favorável às vendas, tanto que o segmento avançou quase 9%. No caso do City Hatch, pior ainda: enquanto as vendas do modelo despencaram 15% o segmento cresceu 28%, maior índice do mercado.
Para não dizer que a Honda não tem nada para comemorar, de fato, o utilitário esportivo HR-V, modelo mais vendido da marca, passou de 20,5 mi licenciamentos no primeiro semestre de 2023 para quase 22 mil em 2024. Mas, mais um vez, o crescimento de 7% esteve abaixo da média de avanço do segmento, de mais de 17%.
Um alento vem da histórica e particular disputa da Honda com a conterrânea Toyota: nesse intervalo de um ano o HR-V, o 8º SUV mais vendido de 2024, ultrapassou, ainda que por poucas dezenas de unidades, o Corolla Cross, agora na 9ª posição.
No encerramento do primeiro semestre de 2023, o representante da Toyota aparecia como o 7º SUV mais negociado, enquanto o HR-V foi o 10º do ranking.
Foto: Divulgação
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