Indústria

Stellantis vende a cinquentenária Comau

Transação da empresa de automação e robótica estava prevista desde a fusão que deu origem à montadora

A Stellantis está abrindo mão da cinquentenária Comau, sua empresa de automação industrial e robótica. Nesta quinta-feira, 25, a montadora anunciou que o fundo de investimentos OEP, One Equity Partners assumirá o controle acionário da empresa que há décadas integrava o Grupo Fiat, depois FCA, Fiat Chrysler Automobiles, criada em 2014.

As empresas não revelaram os valores que serão injetados pelo OEP na negociação, que ainda depende de análise de autoridades econômicas e aprovações regulatórias, o que deve acontecer até o final de 2024. “Os termos financeiros da transação privada não serão divulgados”, enfatizou nota oficial.

A Stellantis, contudo, destacou que a venda da Comau, surgida na Itália, já fazia parte do acordo estratégico estabelecido durante a fusão, em janeiro de 2021, da FCA com o Grupo PSA Peugeot Citroën e que deu origem à própria Stellantis.

“Essa transação foi projetada para ajudar a Comau a alcançar autonomia e fortalecer ainda mais seu sucesso, no apoio a todos os participantes, especificamente funcionários e clientes. Isto também permite à Stellantis concentrar-se em suas principais atividades comerciais na Europa”, comentou Carlos Tavares, CEO da montadora.

“Acreditamos que temos os recursos para posicionar a Comau como um negócio autônomo de sucesso”, completou Ante Kusurin, sócio na One Equity Partners.

Segundo Pietro Gorlier, CEO da Comau, que manterá seu cargo assim como a cúpula de executivos, a mudança de mãos acompanhará o plano estratégico de expansão dos negócios da empresa para além do setor automotivo, direcionado ao crescimento da demanda global por automação industrial.

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Criadas em 1970, em Turim, já na década seguinte a Comau fornecia robôs e linhas para empresas nos Estados Unidos, como a General Motors. Nos anos 1990 expande operações para América do Sul, além de outros países daEuropa e também para a América do Norte e Ásia.

Chegou à China na primeira década deste século, depois de comprar a Renault Automation na França e a Pico nos Estados Unidos, México, Alemanha e Reino Unido.


Foto: Divulgação

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George Guimarães

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