São 2,5 mil funcionários em lay-off e Fenabor teme a perda de empregos no setor
A Fenabor, Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Artefatos de Borracha, Pneumáticos e Latex, se uniu à Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, em defesa do aumento do Imposto de Importação de pneus para frear a chegada desleal de produtos da Ásia.
Empresas e funcionários decidiram se unir por temer a perda de empregos no setor. São 2,5 mil empregados em sistema de lay-off, ou seja, afastados temporariamente do trabalho. Se a produção não for devidamente retomada, eles podem nem retornar para as fábricas.
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A Anip não revela quais fabricantes adotaram o lay-off, mas insiste que o quadro é preocupante. A entidade encaminhou ao Comitê de Alterações Tarifárias (CAT), da Câmara de Comércio Exterior (Camex), pedido para aumentar a tarifa de importação de pneus de carga e de passeio dos atuais 16% para 35%.
No documento conjunto, a Fenabor e a Anip destacam números da Receita Federal mostrando que pneus importados da China e Vietnã, entre outras localidades, estão entrando no Brasil com preços abaixo do custo de produção industrial e com valores inferiores aos praticados no mercado internacional, ameaçando empregos e investimentos no País.
“Nos últimos dois anos México, Estados Unidos e Europa ergueram barreiras alfandegárias para proteger seus mercados contra os pneus asiáticos para proteger suas indústrias e empregos. Como o Brasil está desprotegido, o país virou alvo de desova dos importadores”, alegam as duas entidades.
Além da adoção de lay-off, “as fabricantes locais de pneus já estão cancelando investimentos e começam a ter que avaliar cortes de empregos em suas linhas de produção
São 21 fábricas que empregam 32 mil trabalhadores diretos e 500 mil indiretos.
“Quando o País permite a importação a preços desleais, ele tira o emprego dos brasileiros e gera postos de trabalho em outro país. O Governo Federal precisa tomar providências e adotar medidas para garantir competição justa e defender o emprego dos brasileiros e as empresas que investem e geram renda no Brasil”, argumentam Fenabor e Anip.
Foto: Divulgação/Goodyear
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