A indústria de motocicletas segue em ritmo acelerado em 2024. Levantamento da Abraciclo, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, indica que as montadoras instaladas em Manaus, AM, responsáveis pela quase totalidade da produção nacional, atingiram exatas 1.015.201 unidades de janeiro a julho.
O volume representa crescimento de 14,4% sobre igual período do ano passado e é também o maior para o período desde de 2012. Em julho, saíram das linhas de montagem 147,1 mil motos, expressiva alta de 19,7% na comparação com o mesmo mês de 2023 e nada menos do que 38,4% acima da produção de junho.
A Abraciclo enfatiza também que foi o maior resultado para o mês nos últimos 14 anos. Marcos Bento, presidente da entidade, comemora os números dos primeiros sete meses, mas alerta para risco de redução dos volumes até o fim do ano.
“A expectativa de estiagem na região amazônica para os próximos meses do ano exige atenção”, afirma o dirigente, lembrando que boa parte dos insumos e componentes das motos chegam às fábricas de Manaus por meio fluvial.
Preventivamente, assegura Bento, as fabricantes já teriam adotado medidas para minimizar possíveis impactos. “Todas desenvolveram planos de contingência para cumprir o planejamento dos volumes de produção e seguir com o abastecimento do mercado”.
Mercado puxa o ritmo
A aceleração das linhas montagem em 2024 decorre da demanda interna crescente por motos. De janeiro a julho, o mercado local absorveu, no varejo, 1,09 milhão de motocicletas, alta de 20,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Novamente, merece registro: foi o melhor resultado para os sete primeiros meses desde 2008 e o segundo melhor desempenho na história do segmento.
Em julho, foram negociadas 156,9 mil motos, crescimento de 27,5% sobre julho de 2023, como as da categoria street respondendo por 47,7% dos licenciamentos, as trail por 18,3% e as motonetas por 15,8%, índices muito próximos da média de todo o ano.
Foto: Divulgação
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