Na expectativa por uma posição do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, desde abril, a chinesa GWM acaba de ser homologada ao Mover, Programa de Mobilidade Verde e Inovação.

“Somos o primeiro projeto de empresa nova homologado ao Mover”, informou Ricardo Bastos, diretor de Relações Institucionais e Governamentais da GWM Brasil. “Com isso, começamos a trazer maquinário da China de imediato para iniciar operações pré-série em Iracemápolis, SP, no final deste ano e produção efetiva a partir do primeiro semestre do ano que vem”.

Após participar do Fórum “Quatro Rodas Direções – Descarbonização”, nesta terça-feira, 20, na capital paulista, o executivo revelou que a homologação é retroativa a abril, ou seja, os investimentos em P&D realizados desde então serão contemplados nos benefícios fiscais previstos no Mover.

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Com foco na engenharia nacional, a GWM pretende lançar seu centro de inovação, engenharia e homologação de veículos e componentes até o final deste ano.

Com a homologação, a ideia é acelerar a estratégia de nacionalização com a compra de componentes locais, como rodas, pneus, vidros, pára-brisas e outros itens já a partir do ano que vem. Segundo Bastos, a matriz chinesa aprovou a localização de 200 itens.

Conforme projeto apresentado ao MDIC, o primeiro modelo nacional será o SUV híbrido Haval H6, inicialmente em regime CKD, com peças e componentes vindos da China. No projeto há está previsto um segundo modelo, ainda não definido. Pode ser o Haval H6 ou até mesmo uma picape.

Com a pré-série, será possível  testar e ajustar os novos equipamentos da linha de montagem e verificar os processos de manufatura e de controle de qualidade para início da produção em série em 2025..

“Com a homologação será possível transferir gradualmente todos os processos produtivos, atualmente realizados na China, para nossa fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo”, comemorou Marcio Alfonso, diretor de Engenharia, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da GWM Brasil.

A fábrica antes pertencente à Mercedes-Benz passa no momento por um processo de modernização e expansão. Segundo Ricardo Bastos, serão 20 mil unidades fabricadas no primeiro ano cheio de produção, volume que numa primeira etapa será ampliado para 50 mil.

“A capacidade total é de 100 mil/ano”, lembrou Bastos, enfatizando que os contatos com fornecedores locais para localização de peças já foram iniciados.

Pelo projeto apresentado ao MDIC, a fábrica de Iracemápolis começará com a produção do monobloco, soldagem, tratamento superficial, pintura, montagem final e testes, montagem de chassis, freios, eixos e sistemas elétricos.

“No futuro, a meta é avançar para a montagem de componentes de maior valor agregado, chegando ao final do ciclo com a possibilidade de montagem das baterias de lítio, consolidando ainda mais a presença da GWM no mercado brasileiro”, adiantou o diretor da GWM.


Foto: Divulgação/GWM

Alzira Rodrigues
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