Aporte é motivado pelo Mover e a nacionalização de peças para atender modelos híbridos a serem produzidos aqui
Impulsionadas pelo Mover, Programa de Mobilidade Verde e Inovação, e principalmente pelos projetos já anunciados por diferentes montadoras de produção de carros híbridos no País, as autopeças aqui instaladas estão programando investimentos de R$ 50 bilhões em 5 anos, de 2024 a 2028.
A informação foi revela pelo diretor do Sindipeças, Gábor Deák, durante a abertura do Simea 2024, evento promovido pela AEA, Associação Brasileira da Engenharia Brasileira, que acontece nesta quarta-feira, 21, e quinta-feira, 22, na capital paulista.
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A entidade já havia revisto a projeção de investimentos para este ano de R$ 5,8 bilhões para R$ 6,2 bilhões, mas o valor pode ser ainda maior, segundo revelou Deák:
“Tudo indica que já neste ano o montante será maior que o projetado e a tendência é positiva para os próximos anos”, comentou o diretor do Sindipeças. Ante média anterior de R$ 6 bilhões a RS 7 bilhões por ano, o montante anual deve ficar na faixa de R$ 10 bilhões até 2028.
Os investimentos, segundo o dirigente, não visam aumento de capacidade, mas sim conversão para as novas tecnologias que estão chegando ao mercado brasileiro. Além da Toyota, que já produz híbrido flex em Sorocaba, SP, a Stellantis promete lançar modelos com a tecnologia ainda este ano. Outras marcas, como Volkswagen e Renault, também já anunciaram desenvolvimentos nessa área.
“Como temos empresas aqui com atuação lá fora, podemos tanto desenvolver projetos locais como trazer tecnologias disponíveis em outras regiões”, afirmou, garantindo que os fornecedores de autopeças com atuação no Brasil estão preparados para atender a transição energética em curso no setor automotivo.
Importante lembrar que as montadoras também programam investimento recordo no País, da ordem de R$ 130 bilhões até o final deste ano. Em pauta as novas tecnologias rumo à eletrificação do setor.
Em linha com os demais palestrantes do Simea 2024, que tem por tema “A mobilidade verde e a transição energética”, Deák destacou que nesse processo não há há uma solução única e universal:
“Cada país, cada mercado vai decidir o seu caminho. E o Brasil, como um país privilegiado pelos seus recursos naturais, tem a vantagem de ter o híbrido flex. Com os seus biocombustíveis, o País pode ter protagonismo mundial”.
Foto: Divulgação/MDIC
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