Com fábricas em 25 países, a alemã Brose tem no Brasil uma importante operação não só pelo portfólio de produtos e clientes, mas já pela sua longevidade e trajetória de expansão. Neste mês, a chamada Brose do Brasil completa exatos 25 anos de produção ininterrupta no País.
A primeira unidade industrial tem São José dos Pinhais, PR, como endereço. A cidade da Grande Curitiba foi escolhida pelo simples fato de abrigar a planta da Volkswagen — base produtiva também da Audi —, a primeira cliente sistemas de levantadores de vidros, os primeiros produtos nacionais da Brose.
Hoje, além deles, a Brose entrega à maioria das montadoras do Brasil módulos de porta e de abertura de porta-malas por sensor e sistemas de arrefecimento.
Murilo Matta é presidente da Brose do Brasil há apenas um ano, mas há mais de duas décadas acompanha e participa da expansão da operação brasileira. São, na verdade, 21 anos desde que ingressou na empresa como gerente de projetos para depois acumular passagens por diversos cargos e áreas.
O executivo destaca a relevância adquirida pela operação no universo do grupo, que conta com 31 mil funcionários, 69 fábricas e faturamento anual da ordem de € 8 bilhões. A Brose brasileira tem contratos para clientes na Argentina, Estados Unidos, México e África do Sul.
“Hoje temos o maior e mais completo centro de desenvolvimento e testes de sistemas de portas na América do Sul”, enfatiza Matta, que se orgulha também de a operação estar na quarta colocação no ranking global interno BPS, Brose Production System.
Em duas décadas, Matta viu, por exemplo, a aquisição de uma empresa de motores elétricos em Salto, SP, em 2008. Três anos depois, porém, as linhas de produção da unidade foram transferidas para São José dos Pinhais.
Hoje, além da pioneira planta paranaense, a Brose tem outra em Jarinu, também no Interior de São Paulo. Inaugurada em 2017, foi a alternativa encontrada para dar conta dos pedidos e clientes já não suportados pela, de fato, segunda unidade aberta em Diadema, na Grande São Paulo, em 2013.
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Antes, porém, decidira participar do ambicioso projeto de Goiana, PE, da então FC , Fiat Chrysler Automobiles, hoje Stellantis. Em 2015 começou a fornecer, já com fábrica própria lá, para o Renegade, o primeiro Jeep produzido no Nordeste e que desde então acumula mais de 500 mil unidades produzidas.
“Tudo era novo, a começar pela região, que da cultura da cana-de-açúcar se transformou em sede de um polo automotivo altamente tecnológico”, recorda o presidente da Brose do Brasil, que coordena cerca de 450 funcionários em suas três plantas.
Foto: Divulgação