Como já fez os Estados Unidos e, em menor medida, a Europa, o Canadá também fixou tarifa de 100% aos veículos elétricos produzidos na China. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro Justin Trudeau, em Halifax, Nova Escócia. O aumento da alíquota também alcança aço e alumínio, porém de 25%.
A taxa sobre os elétricos entrará em vigor em 1º de outubro e valerá para alguns automóveis, inclusive híbrido, caminhões, ônibus e vans. Já o novo imposto para aço e alumínio passa a vigorar em 15 de outubro.
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De acordo com agência de notícias Bloomberg, o governo canadense também preparou uma lista de produtos de chineses para consulta pública em vista a uma possível sobretaxa, na qual inclui baterias e peças de baterias, semicondutores, produtos solares e minerais.
“Estamos transformando o setor automotivo do Canadá para ser um líder global na construção dos veículos do amanhã”, disse Trudeau a repórteres em Halifax. “Mas atores como a China escolheram dar a si mesmos uma vantagem injusta no mercado global, comprometendo a segurança de nossas indústrias essenciais e deslocando dedicados trabalhadores automotivos e metalúrgicos canadenses.”
A economia do Canadá é voltada para a exportação e depende do comércio dos Estados Unidos. O setor automotivo, em particular, tem no vizinho o seu maior lastro, destino de maior parte de sua produção de veículos leves que, no ano passado, acumulou 1,5 milhão de unidades.
Segundo revela a Bloomberg baseado em dados do instituto governamental Statistic Canada, a importação de veículos elétricos chineses no ano passado bateu nos US$ 2,2 bilhões contra US$ 100 milhões em 2022. O aumento se deve também depois que a Tesla começou a abastecer o Canadá com o Model Y produzido em Xangai.
As novas taxas atendem pressões que o primeiro-ministro vinha enfrentando do setor automotivo com argumentos de proteger empregos e salários. Para indústria, os veículos elétricos chineses são mais baratos devido a regras trabalhistas menos exigentes. Depois, o governo canadense também ofereceu subsídios milionários para fábricas de veículos e baterias para fabricantes como Stellantis, Volkswagen e Honda.
Foto: Divulgação BYD