Uma das maiores preocupação no contexto da eletrificação veicular, a reciclagem de baterias de lítio – que equipam a maioria dos carros elétricos e híbridos aqui comercializados – já é feita no Brasil por três empresas.

São elas a Re-Teck, Energy Source e Lorene, que já atuam com baterias de celulares e notebooks no País e “estão prontas para atender o mercado automotivo no momento certo”, conforme comunicado divulgado nesta terça-feira, 27, pela ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico, que tem as duas primeiras empresas entre os seus filliados.

“As baterias de lítio já fazem parte da sociedade brasileira há, pelo menos, 25 anos”, comenta Marcelo Cairolli, diretor de Infraestrutura da ABVE e vice-presidente de Negócios para América Latina da Re-Teck, que atua no Brasil desde 2016.

No caso dos veículos, as baterias apresentam uma durabilidade que varia de 10 a 15 anos e, portanto, ainda não há necessidade de se investir na reciclagem desse produdo específico  neste momento.

A ABVE divulgou material sobre baterias de lítio por causa da inlusão dos veículos eletrificados no Imposto Seletivo, também chamado de “Imposto do Pecado”, que integra texto da reforma tributária. Segundo a entidade, alguns parlamentares demonstram desconhecimento dessa tecnologia.

“Os veículos elétricos e híbridos reduzem ou cortam a zero as emissões de poluentes nocivos, diminuem a poluição sonora e contribuem com a redução dos gases do efeito estufa. Eles favorecem a saúde humana e o meio ambiente. Não faz qualquer sentido esse produto ser incluído no Imposto Seletivo”, argumenta Ricardo Bastos, presidente da ABVE.

A entidade explica, ainda, que a reciclagem consiste na trituração das baterias, com a geração durante o processo de três tipos de produtos que são devidamente separados: plásticos, retalhos de alumínio e cobre e os chamados metais nobres (lítio, cobalto e níquel).

Todos são recicláveis, mas os resíduos de metais nobres são os mais valiosos no mercado internacional e são conhecidos como “Massa Negra” pela sua aparência: são um pó metálico e preto que posteriormente é enviado para separação dos metais e reaproveitamento na fabricação de novas baterias. “Lítio, níquel e cobalto podem ser reciclados infinitas vezes”, destaca o comunicado da ABVE.


Foto: Divulgação/BYD

Alzira Rodrigues
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