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Para não pagar Imposto de Importação, Kia quer trazer carros do México

Um dos candidatos é o K3 1.0 turbo, que deverá ter motor híbrido flex para atender o mercado brasileiro

Após apresentação do EV5, SUV 100% elétrico, o presidente da Kia do Brasil, José Luiz Gandini, comentou sobre os planos da empresa para o final deste ano e 2025.

Os próximos modelos a chegarem são o também 100% elétrico EV9, com início de vendas previsto para dezembro, e o Sorento diesel, no início do ano que vem. O pulo do gato, contudo, será a partir do final do próximo ano, quando a Kia pretende começar a trazer modelos do México sem pagamento do Imposto de Importação.

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Lá já é fabricado o K3, que está sendo inclusive vendido com sucesso no Uruguai, e também será produzido o K4.

“Queremos a princípio trazer o híbrido K3 turbo 1.0, mas para isso temos de esperar que seu índice de nacionalização chegue a 60%. Do contrário, não teremos o benefício da isenção de imposto e, consequentemente, também não teremos preço competitivo no mercado brasileiro de carros mais compactos”, explicou Gandini.

Ele também adiantou que a ideia é desenvolver um motor híbrido flex para o modelo K3 a ser vendido no Brasil: “O desenvolvimento será na Coreia para atender o nosso mercado”.

K3 já oferecido no Uruguai

A Kia programa vender 6 mil carros este ano no Brasil, volume 20% superior ao de 2023, quando foram emplacadas 5 mil unidades da marca. A ideia é seguir crescendo em 2025, mas ainda não há um índice de alta estabelecido.

Entre outros problemas que impedem maior expansão da marca, destaque para a limitação de volume nas importações.

“No caso do EV5, feito na China, só teremos disponibilidade de 20 unidades/mês. Como é um produto novo, a demanda está superior à oferta e há gargalos de produção”, comentou o executivo, lembrando que por ser 100% elétrico o SUV paga este ano Imposto de Importação de 18%.

Com relação ao EV 9, que virá da Coreia, ainda não há definições quanto a volumes e preços. Durante a apresentação do EV5, Gandini falou dos desafios que os importadores enfrentam no Brasil, dentre os quais a desvalorização do dólar e o Imposto de Importação maior para os eletrificados:

“Apesar das dificuldades, crescemos 14% até julho. Assim como no resto do mundo, nosso caminho no Brasil tem por base uma oferta múltipla, tanto de modelos elétricos como também de híbridos e a combustão. Várias marcas projetaram um mundo 100% elétrico e hoje já estão revendo posição. Nós sempre contemplamos tecnologias variadas para atender diversos tipos de uso e de mercados”.

No caso dos elétricos, a venda e o atendimento ao consumidor será feita em 22 das 68 concessionárias da marca. As revendas receberam carregadores fabricados no Brasil pela Weg e estão preparadas para dar assistência total aos consumidores.


Foto: Divulgação

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Publicado por
Alzira Rodrigues

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