Em versão única, SUV compacto custa R$ 183 mil e brigará com concorrentes a combustão
Nos primeiros oito meses de 2024 a BYD negociou pouco mais de 45 mil automóveis no Brasil. Trata-se de nada menos do que o triplo dos licenciamentos registrados ao longo de 2023, seu primeiro ano, de fato, com vendas maciças no País.
Entretanto, esse espantoso crescimento que, mesmo somente com produtos importados e de tíquetes médios elevados, permite à marca completar um ano como a 10ª colocada no ranking de vendas, ainda não garantiu nem metade do objetivo de vendas almejado para 2024.
No começo do ano, a empresa chegou a falar em 120 mil unidades para no fim do primeiro semestre rever os cálculos e assumir como meta de 100 mil veículos. Ainda assim, um desafio e tanto para o atual ritmo do mercado.
Confrontado com o resultado comercial obtido até agosto e a necessidade de repetir no último quadrimestre os licenciamentos alcançados nos dois primeiros para chegar ao objetivo anual, Henrique Antunes, diretor de Vendas e Marketing da BYD, não esmoreceu:
“Os 100 mil veículos é um pote de ouro que está ali na frente e que vamos perseguir”.
Para ao menos se aproximar dessa marca que seria histórica para o primeiro ano de qualquer montadora aqui instalada — o que dizer então de uma ainda importadora —, a BYD terá que dobrar sua atual média mensal de quase 6 mil unidades de setembro a dezembro.
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Antunes afirma que a rede de revendas agora mais ampla e capilarizada, o esforço coordenado dos últimos meses para aumentar a ainda diminuta participação de 6% das vendas diretas e uma gama de produtos que chegará a doze veículos já em outubro com a picape média Shark serão as molas a impulsionar os licenciamentos até dezembro.
Se a BYD teve em 2023 um portfólio de cinco modelos para exibir e vender em especial em showrooms em shoppings, agora a rede de uma centena de concessionárias espalhadas por quase todo o País oferece onze alternativas entre R$ 120 mil a mais de R$ 500 mil.
Yuan Pro: primeiro SUV compacto elétrico.
A mais recente começou a ser vendida nesta quinta-feira, 5, e entra para história como o primeiro SUV elétrico compacto do mercado nacional.
O Yuan Pro tem uma única versão com motor de 177 cavalos, bateria de 45,1 kWh, que, segundo a fabricante, garante autonomia de 250 km pelo PBEV, Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, e acabamento esmerado, a exemplo dos demais modelos da marca, com diversos itens de conforto.
O diretor prefere não revelar o quanto a BYD espera vender do novo SUV, menor e mais barato do que o irmão Yuan Plus, movido por conjunto híbrido. O utilitário esportivo compacto custa R$ 182.800,00 e é oferecido também pelo programa de assinatura — o plano de 48 meses e 1 mil km rodados de franquia custa mensalmente R$ 4.480,00.
Antunes, contudo, deu uma dica ao afirmar que o modelo está sendo trazido da China para brigar entre os cinco SUVs compactos mais vendidos, um time hoje formado, por exemplo, pelo Volkswagen T-Cross, Chevrolet Tracker, Hyundai Creta, Nissan Kicks e Jeep Renegade, todos com mais de 5 mil até 6 mil unidades negociadas mensalmente em 2024.
Naturalmente, o Yuan Pro será competitivo apenas diante das versões topo de linha desses modelos, todas ainda exclusivamente a combustão.
Se ganhará clientes por ser puramente elétrico, poderá ceder espaço para os concorrentes por não dispor de recursos já bastante oferecidos nessa faixa de preço ou até inferiores: o Yuan Pro não dispõe de sistemas de auxílio à condução como frenagem automática de emergência, manutenção em faixa de rolagem e controle de velocidade adaptativo.
Apesar disso, para que as vendas do SUV iniciem em ritmo acelerado, a BYD acena com parcerias que podem, de fato, fazer a diferença no momento da escolha.
A seguradora Porto Seguro não cobrará nada do cliente pelo seguro ao longo do primeiro ano, enquanto o Santander oferecerá promocionalmente, até o fim do mês, financiamento com taxa de 0,99%, 50% de entrada, o restante em até 24 vezes e carência de 90 dias para o pagamento da primeira parcela.
Outros atrativos a ponderar: serão gratuitas todas as revisões programadas ao longo de 5 anos ou até 100 mil quilômetros rodados, garantia de 6 anos sem limite de quilometragem para o veículo e, como de praxe também em outras marcas para veículos elétricos, 8 anos para a bateria.
Foto: Divulgação
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