Apesar de insistir na necessidade de o Imposto de Importaçao de 35% dos eletrificados ser retomado de imediato, a fim de evitar prejuízos à indústria nacional, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, comemorou os resultados de agosto, que sinalizam a volta aos patamares pré-pandemia.
Saíram as linhas de montagem das montadoras 259.613 veículos, alta de 5,2% em relação a julho e de 14,4% na comparação com agosto de 2023. “É o maior volume desde outubro de 2019”, afirmou o executivo em coletiva realizada nesta quinta-feira, 5, em Brasilia, com a participação do vice-presidente e títular do MDIC, Geraldo Alckmin..
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Na avaliação do presidente da federação que reúne as montadoras aqui instaladas, a aceleração da produção nas fábricas reflete a reação consistente do mercado interno e também a quantidade expressiva de lançamentos nesta segunda metade do ano.
No acumulado de janeiro a agosto já foram produzidas 1,64 milhão de unidades, expansão de 6,6% sobre o total de 1,54 milhão do mesmo período do ano passado.
Considerando veículos leves e pesados, o mercado interno fechou agosto com 237,4 mil emplacamentos, 14,3% a mais que em idêntico mês de 2023. Foi o melhor mês no ano em média diária de vendas, com 10,8 mil unidades, e também a retomada aos níveis pré-pandemia.
O que continua preocupando a Anfavea são as importações, principalmente de modelos eletrificados da China. Em agosto, com um dia útil a menos, teve pequena queda de 1,7% sobre julho, mas no acumulado do ano a participação dos importados ser mantém elevada, em 17,2%.
No caso das exportações, os embarques de 38.225 unidades em agosto representaram o segundo maior volume do ano, sinalizando uma melhoria nessa área agora no segundo semestre em função da retomada de mercado importante para o Brasil, como Argentina, México, Colômbia e Chile.
No acumulado do ano, contudo, recuo é de 17,9%, o que tem unido Anfavea e governo federal na busca de um programa que incentive os negócios externos do setor.
Foto: Divulgação/GM
nsequência deste cenário, a venda de veículos híbridos e elétricos leves
pode ultrapassar a de veículos a combustão até o fim desta década, atingindo 1,5
milhões em 2030, podendo representar mais de 90% em 2040.
Já para o segmento de veículos pesados, as vendas com novas tecnologias de
propulsão podem representar 60% em 2040. Em aplicações como ônibus urbanos,
as versões elétricas podem ultrapassar 50% já em 2035.
“O estudo demonstra o papel que o setor automotivo está desempenhando no
desenvolvimento de tecnologias rumo à descarbonização, oferecendo soluções
que não apenas atendem às necessidades de mobilidade, mas que também
reforçam o compromisso em promover uma significativa redução das emissões de
gases de efeito estufa, beneficiando a sociedade como um todo e as futuras
gerações”, concluiu Márcio de Lima Leite
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