Mercado

Motos elétricas não decolam no País

Foram emplacadas apenas 5.260 unidades em nove meses, recuo de 19% e participação abaixo de 0,4%

Ao contrário do mercado de carros e comerciais leves, que tem venda de eletrificados em alta de 113% este ano, de 57,2 mil para 122,6 mil unidades, a demanda por motos elétricas não decola no Brasil.

Foram realizados 5.260 emplacamentos de janeiro a setembro deste ano, recuo de 19% sobre os 6.492 de idêntico período de 2023. Em setembro foram somente 549 motos com motorização elétrica, participação ínfima de 0,35%, índice que fica próximo de 7% no caso dos veículos leves híbridos e elétricos.

O mercado total de motos totalizou 156,6 mil unidades em setembro, queda de 4,4% sobre agosto (163,9 mil), mas expansão de 15,9% sobre idêntico mês do ano passado (134,1 mil). No ano, o total chega a 1,41 milhão de licenciamentos, expansão de 20% sobre os primeiros nove meses de 2023 (1,18 milhão).

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Com relação às motos elétricas, importante lembrar que nenhuma das marcas tradicionais que produz aqui, como Honda e Yamaha, oferece atualmente modelos do gênero.

Pelo relatório de emplacamentos da Fenabrave, o Top 3 do ranking das marcas de motos elétricas mais vendidas aqui é formado pelas chinesas VMOTO, com 902 unidades no ano, GCX, com 835, e Shineray, com 588. Ou seja, total domínio dos produtos vindos da China, o mesmo que ocorre no caso dos automóveis eletrificados.

Todos os modelos são importados, inclusive o da Shineray, que tem montagem de motos no Nordeste. No ano passado, a Voltz tinha presença mais acentuada nesse mercado, mas este ano desacelerou por completo seus negócios, vendendo apenas oito unidades em setembro.

Na avaliação do presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr., o mercado de motocicletas elétricas pode até crescer no futuro, mas até agora não se consolidou no País.

Com relação ao mercado de motos como um todo, ele diz que o crescimento de 20% no acumulado do ano está de acordo com as projeções da entidade, “uma prova do fortalecimento desse mercado, favorecido pelo custo de aquisição e de abastecimento inferior ao dos automóveis, além da alta demanda para uso comercial, especialmente em serviços de entrega”.


MERCADO TOTAL DE MOTOS EM SETEMBRO

Fabricante                     Quant.                          Part.
1º    HONDA                    103.675                              66,20%
    YAMAHA                  29.082                             18,57%
3º    SHINERAY                  7.646                              4,88%
4º    MOTTU                        5.099                              3,26%
5º    AVELLOZ                     1.861                               1,19%
6º    HAOJUE                      1.621                                1,04%
7º    ROYAL ENFIELD      1.598                                1,02%
8º    BMW                            1.360                                0,87%
9º    BAJAJ                             958                                 0,61%
10º  TRIUMPH                     872                                 0,56%


Foto: Divulgação/Chineray

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Publicado por
Alzira Rodrigues

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