Fazer seguro de um automóvel é quase obrigatório para quem não quer ter dor de cabeça com a perda do bem ou arcar com prejuízos materiais e pessoas de terceiros. Quando se trata de um veículo novo ou seminovo, os proprietários não têm tantas dúvidas ou dificuldades financeiras que os impeçam de procurar uma seguradora.
O quadro é bem diverso quando se trata daqueles que podem dispor de um carro ou picape com bem mais tempo de uso. Os donos dos chamados “velhinhos” muitas vezes têm, em função dos custos, de escolher entre a manutenção do veículo, licenciamento e tributos ou por uma apólice que cubra os custos de, por exemplo, uma colisão ou furto.
Esse universo de potenciais clientes muitas vezes não é atendido por boa parte das seguradoras, que encontram nos novos e seminovos terreno mais fértil para a ampliação da carteira de negócios.
Mas nem todas. A Azul Seguros, braço do Grupo Porto desde 2003, tem uma boa parcela de seus cerca de 2,5 milhões de clientes que optaram por uma solução que cabe no bolso de muito mais gente: o seguro por assinatura.
Criada há apenas dois anos, a modalidade é, digamos, um serviço, uma plataforma streaming, a exemplo das de filmes e séries, já há muito integradas às preferências dos consumidores brasileiros.
No caso da “Azul por Assinatura”, como foi batizado comercialmente o serviço de recorrência mensal, o cliente pode contratar a cobertura por apenas um mês para, por exemplo, uma viagem de férias ou quando for necessitar muito do carro no transporte diário.
Encerrado o período contratado, ele deve se manifestar caso não deseje mais a cobertura ou a assinatura automaticamente será renovada por igual período. Se interromper e depois decidir retomá-la, basta uma nova vistoria no veículo que, em alguns casos, pode ser até virtual.
A assinatura está disponível para veículos de 3 até 25 anos de idade com valor inferior a R$ 100 mil, com prestação de serviços da rede Porto Seguro espalhada pelo território nacional, e inclui, por exemplo, assistência 24 horas de guincho, dentre outros benefícios.
O processo de contratação pode ser iniciado por meio eletrônico, mas concluído sempre com o auxílio de um corretor especializado no serviço. “É uma alternativa que cabe no bolso de um público que estava fora do mercado de seguros”, destaca Gilmar Pires, diretor executivo da Azul.
O executivo não revela o tamanho da carteira da modalidade conquistada ao longo desses dois anos, mas sustenta que mês a mês ela vem crescendo, também em decorrência da melhor compreensão dos consumidores e até dos corretores da flexibilidade desse novo serviço.
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O próprio aumento da idade média da frota de veículos verificado sobretudo ao longo dos últimos dez anos — depois dos seguidos recordes de licenciamentos acima de 3,5 até 3,8 milhões registrados na primeira metade da década passada — deve contribuir para o crescimento desse tipo de cobertura, no entender de Pires, que recorda que somente 6% dos carros acima de dez anos são segurados.
A julgar pelo perfil dos clientes delineado até agora, a Azul foi certeira na definição e objetivos do produto. Segundo Pires, 90% dos assinantes estavam fora do mercado de seguros. Prevalecem carros com mais de 10 anos de fabricação e clientes de regiões de consumo mais popular.
Foto: Pixabay
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