Com menos dias úteis do que agosto, setembro fechou com produção de 230 mil veículos, recuo de 11,4% no comparativo com o mês anterior. Mas o desempenho foi 10% superior ao de setembro do ano passado e o terceiro trimestre de 2024 fechou com 715 mil unidades, 19% a mais que idêntido período de 2023.
Os números foram comemorados nesta segunda-feira, 9, pelo presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, ao destacar que o fechamento do terceiro trimestre trouxe boas notícias para o setor automotivo brasileiro. Enfatizou, contudo, que permanece um ponto de atenção, “o das importações em maior volume do que o das exportações”.
LEIA MAIS
→Lula recebe CEOs das montadoras em Brasília nesta terça-feira
→Fenabrave revisa para cima projeção de alta na venda de pesados
→Setembro teve 222,1 mil licenciamentos, 19% a mais do que um ano antes
“A produção poderia ter sido maior no ano, não fosse o expressivo crescimento das importações”, comentou o executivo, apesar de comemorar o resultado dos terceiro trimestre como o melhor desde o mesmo período de 2019, ou seja, o melhor em cinco anos.
No acumulado do ano, o crescimento na produção chegou a 7%, com a saída de 1,87 milhão de veículos das linhas de montagem das fábricas brasileiras, ante total de 1,75 milhões no mesmo período de 2023.
O presidente da Anfavea também destacou os números positivos do mercado interno, lembrando que foram recuperados os patamares registrados antes da pandemia, com a média diária de 11,2 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus emplacados em setembro.
Considerando leves e pesados, foram emplacados 236,3 mil veículos em setembro, com alta de 19,5% em comparação com idêntico mês do ano passado.
“A retomada no acumulado de janeiro a setembro também chama a atenção, com um crescimento de 14,1%, totalizando 1,86 milhão de veículos vendidos até o momento. Esse é o melhor resultado desde 2019″, fez questão de frisar o presidente da Anfavea, que seguiu reclamando, no entanto, do alto volume de veículos eletrificados chineses que estão entrando no Brasil.
Com relação às exportações, este segundo semestre vem trazendo algum alento ao setor, apesar de no acumulado do ano o volume ainda ser inferior aos das importações. Em setembro, foram embarcadas 41,6 mil unidades, o maior volume do ano, com alta de 8,9% sobre agosto.
Nesse contexto todo vale enfatizar mais um dado positivo que é o aumento do número de empregos. Seembro fechou com 106,4 mil postos de trabalho, crescimento de 0,6% sobre setembro e de 5,8% em um ano, visto que no mesmo mês de 2023 as montadoras tinham total de 100,6 mil funcionários.
‘Considerando a cadeia automotiva como um todo, nosso setor gerou 60 mil empregos este ano”, afirmou o presidente da Anfavea, que apesar de vários números acima dos esperados anteriormente prefere, por enquanto, na revisar as projeções de mercado interno e produção para 2024.
Foto: Divulgação/VW
- No Top 10, GM é a que mais perde e BYD a que mais cresce - 12 de novembro de 2024
- “Não quero ter pressa”, diz Cappellano sobre a chegada da Leapmotor ao Brasil - 7 de novembro de 2024
- Brasil passa a Alemanha em venda de veículos em outubro - 6 de novembro de 2024
