Durante o encontro online Conexão Sindipeças promovido pela entidade em maio, ficou acertado com a Stellantis a elaboração de uma lista de peças com potencial de nacionalização para ampliar as compras internas das montadoras aqui instaladas.
No mês passado, em encontro promovido na Anfavea para divulgação do estudo “Avançando nos Caminhos da Descarbonização Automotiva no Brasil”, realizado em parceria com a BCG, Boston Consulting Group, o presidente do Sindipeças, Claudio Sahad, confirmou que a ideia foi adiante:
“Estamos trabalhando nisso. Teremos em novembro (dia 25) uma reunião presencial com sistemistas e a Stellantis para avançar nesta discussão”, informou o executivo.
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Na ocasião, ele comentou que os investimentos de R$ 50 bilhões anunciados pelas autopeças até o final da década poderão ser ainda maiores por conta da vinda de fornecedores chineses para o Brasil, no embalo do início de produção de montadoras daquele país a partir ano que vem.
O projeto de se elaborar uma lista de itens passíveis de nacionalização surgiu após palestra de João Irineu Medeiros, vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Stellantis, sobre a importância de as montadoras terem fornecedores locais para tornar viáveis seus novos projetos de eletrificação.
A Stellantis, por exemplo, promete lançar seu primeiro modelo híbrido já no próximo mês. Nesse contexto, João Irineu defendeu a fabricação de baterias no Brasil e também a de itens de segurança com demanda em expansão.
Ele citou a câmera de ré, dizendo que hoje a procura pelo item está em apenas 60 mil unidades/ano, mas com sua obrigatoriedade, a partir de 2028/2029, serão necessárias pelo menos 2,3 milhões de unidades por ano, “quiçá até mais, perto de 3 milhões”.
Durante o Conexão Sindipeças, ficou claro que a localização é a palavra-chave hoje no setor, tanto é que já é de pelo menos 69 o número de autopeças homologadas no programa Mover, que concede investimentos para P&D e, em consequência, para a produção local de itens hoje importados.
Foto: Divulgação/Nissan
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