Em casa desde o dia 16 de setembro, os funcionárias da fábrica da General Motors em Gravataí retornaram ao trabalho nesta segunda-feira, 14. A montadora concedeu folga para os metalúrgicos a fim de preparar o complexo gaúcho para receber um novo modelo, que chega ao mercado brasileiro em 2026.
São cerca de 7 mil funcionários em Gravataí, dos quais mais de 70% trabalham diretamente na produção. Por ocasião do início da paralisação, a GM emitiu comunicado informando que os 27 dias de paralisação necessários para realizar adequações nas linhas de motagem seriam considerados como days-off.
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No parque industrial do Rio Grande do Sul, a GM fechou acordo salarial em maio, garantindo reajuste anual de acordo com o INPC e PLR, Participação nos Lucros e Resultados, de R$ 16 mil.
Nas fábricas paulistas de São Caetano do Sul e São José dos Campos, foram realizados no mês passado acordos para os próximos dois anos, garantindo reajustes salariais com base na inflação e PLR de R$ 20 mil em 2025.
Atendendo pedido dos trabalhadores, será aberto PDV, Programa de Demissão Voluntária, nas duas unidades a parir do mês que vem. “A data ainda não está definida”, informou o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.
Conforme anunciou em janeiro, a GM vai investir R$ 7 bilhões no Brasil para renovação da linha e modernização das fábricas. Desse total, R$ 1,2 bilhão está sendo destinado ao complexo gaúcho, que por enquanto abriga apenas a linha do Onix.
Especula-se que o “carro totalmente novo” a ser feito lá, conforme prometido em julho pelo presidente da montadora na América do Sul, Santiago Chamarro, seja um SUV de pequeno porte, na mesma plataforma do Onix.
Do aporte total, R$ 5,5 bilhões estão sendo destinados às fábricas de São Paulo e R$ 300 milhões a unidade de Joinville, SC, onde a GM produz motores.
Foto: Divulgação/GM