Após os desafios de 2023, com o mercado retraído, em especial devido ao impacto da mudança na legislação para o Proconve P8, a Cummins Brasil chega ao início do último trimestre do ano diante de um horizonte bem mais promissor.

A empresa espera anotar um crescimento acima de 39% na produção total de motores sobre o ano passado, para volume em torno de 40 mil unidades, dos quais cerca de 75% para atender o setor automotivo. “O ano ainda não terminou, mas ao avaliar o desempenho até aqui, o ano compensará a queda de 40% no ano passado”, resume Adriano Rishi, presidente da Cummins Brasil.

Mas se o mercado interno esfriou, Rishi pode comemorar o desempenho dos embarques da empresa. A participação das exportações de motores na produção, que representava 5% em 2023, passa agora a responder por 16%, com envios para Estados Unidos, Canadá e México.

“Definimos objetivos em um planejamento iniciado há três anos e estamos colhendo os frutos. Perseguimos meta de as exportações participarem em patamar de 20% e, da maneira que estamos caminhando, devemos concretizar isso nos próximos dois anos.”

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Às vésperas da Fenatran 2024, o dirigente da Cummins Brasil pretende refletir na feira o compromisso da empresa na transição energética em direção a emissão zero. Para isso, uma das atrações será a plataforma Helm. De maneira simplista, um motor que permite acionamento por diferentes combustíveis apenas com a adequação do cabeçote. Na exposição, a versão X15L estará com propostas de gás natural, diesel e hidrogênio, mas também pode operar com diferentes tipos e misturas de biodiesel.

“É uma tecnologia que nos próximos dois anos começará a ter tração, em especial no setor automotivo, onde incialmente terá mais demanda. Com o Helm estamos sintetizando alta eficiência para fazer sentido econômico, baixíssima emissão e diferentes tipos de fontes de energia”, resume Rishi.

Na mesma pegada de sustentabilidade e viabilidade econômica, a Fenatran também servirá para a fabricante promover novos motores a gás natural, com destaque para o B6.7N e o M15N. O primeiro desenvolve potências de 190 a 280 hp para atender caminhões médios e ônibus. Já o segundo surge como o motor a gás mais potente disponível no País, em faixa de 424 a 523 hp. A vocação é para aplicações severas em caminhões pesados.


Foto: Divulgação Cummins Brasil

Décio Costa
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