A abertura oficial da 24ª edição da Fenatran nesta segunda-feira, 4, foi marcada pela cobrança das principais entidades do setor automotivo e de transporte quanto à definição pelo governo do tão esperado programa de renovação de frota,
Nesse sentido discursaram o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, e o presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi, entre outros executivos.
O dirigente da entidade que representa as montadoras lembrou que um caminhão usado emite 27 vezes mais poluentes do que um 0 km. O da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, por sua vez, destacou haver mais de 152 mil caminhões com mais de 25 anos de uso rodando pelas estradas brasileiras.
Após ouvir os executivos defendendo a urgência do programa, foi a vez do vice-presidente da República e titular do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Industria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, falar sobre o tema.
Ele lembrou do programa temporário que teve no ano passado, quando o governo destinou R$ 100 milhões em crédito tributário para renovação de frota de caminhão e ônibus, visando retirar de uso veículos com mais de 20 anos de uso.
“Foi uma ação bem-sucedida, mas sabemos que o ideal é ter um programa permanente para a renovação da frota brasileira de veículos. Para isso, contudo, precisamos ter recursos”, comentou o ministro, admitindo ser esse o principal empecilho para a criação do tão pleiteado programa.
Alckmin fez questão de garantir que estudos nesse sentido continuam, ou seja, uma hora o projeto pode sair do papel. Mas não especificou prazos.
Os recursos são necessários para financiar a compra de modelos mais novos em substituição aos usados que iriam para reciclagem.
Também aproveitou a abertura da Fenatran para falar das ações já em curso, como o programa Mover, que só neste ano está concedendo R$ 3,5 bilhões de crédito financeiro para toda a cadeia automotiva, e a desoneração da folha da pagameto que contempa o setor de transporte.
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