Apesar de o ritmo de crescimento ser inferior ao do mercado interno, as montadoras seguem ampliando o nível de emprego no País por conta do desempenho positivo na produção.

Conforme balanço da Anfavea divulgado nesta quarta-feira, 6, saíram das linhas de montagem em outubro exatos 249.177 veículos, volume 8,3% maior do que o registrado em setembro (229.989), que teve dois dias úteis a mais.

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No ano a produção acumula 2,12 milhões de veículos, evolução de 8,9% sobre total de 1,95 milhões dos dez primeiros meses de 2023. A indústria contratou 967 trabalhadores em outubro e desde janeiro já abriu mais de 7,4 mil vagas.

Ao divulgar os números, o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, comentou que a alta elevada das importações, principalmente de carros chineses, continua preocupando e tem sido decisiva para gerar um índice de expansão da produção inferior ao das vendas internas.

As importações registram alta de 36% este ano, de 271 mil para 369 mil unidades. Em outubro sobre setembro a expansão foi de 10%, para 47 mil unidades.

Também pesa a queda de 7% das exportações no comparativo anual, mas neste caso verifica-se alta dos últimos quatro meses, o que vem se refletindo positivamente nas linhas de montagem. No caso do mercado interno, houve aumento de 12% em outubro sobre setembro e de 15% no acumulado do ano.

Lima Leite avalia que a produção só vai crescer em nível similar ao dos emplacamentos quando for recomposta a alíquota de importação de 35% para os carros eletrificados. “Não queremos protecionismo, mas essa recomposição é necessária para equilibrar o mercado brasileiro”.

O presidente da Anfavea voltou a falar dos elevados estoques de carros chineses nos portos brasileiros e em centros de distribuição, na maioria de modelos híbrido plug-in e elétricos, revelando que a cada dois veículos importados vendidos no Brasil que vêm de fora do Mercosul, um é chinês.


Foto: Divulgação/VW

Alzira Rodrigues
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