As exportações de veículos brasileiros estão longe de seus melhores dias, é verdade. Entretanto, após um primeiro semestre de acentuado decréscimo e revisão da projeção de embarques em 2024 para queda ao redor de 20% sobre o ano passado, o último quadrimestre foi de recuperação.
O número mais positivo é também o mais recente. Em outubro, passaram pelos portos brasileiros rumo ao mercado do internacional perto de 43,5 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
É a maior quantidade mensal registrada no ano, 39,2% de avanço sobre os embarques de outubro do ano passado e 4,6% acima dos cerca de 41,6 mil veículos de setembro último, até então o melhor resultado para um mês neste ano.
Em agosto, as exportações ficaram em 38,2 mil unidades, ante 39 mil em julho. No primeiro semestre, o mês de melhor desempenho foi março, com 33 mil embarques.
Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, credita o crescimento seguido dos últimos quatro meses à recuperação de mercado de alguns destinos importantes dos produtos brasileiros, como a Colômbia, cujas vendas internas avançaram 35% no mês passado.
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As exportações acumuladas de janeiro a outubro, porém, seguem bem aquém do resultado registrado em igual período de 2023. As 327,8 mil unidades exportadas em dez meses de 2024 representam recuo de 7,4%, de qualquer maneira um índice melhor do que o recuo de 20% da última projeção da Anfavea para o ano.
O decréscimo acumulado no ano é ligeiramente menor quando se analisa o faturamento. Na somatória das vendas ao exterior de todos os segmentos, a indústria automobilística brasileira alcançou até outubro quase US$ 9 bilhões, ante US$ 9,44 bilhões nos primeiros dez meses de 2023, 4,8% menos.
Foto: Divulgação
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