A crescente importação de veículos em 2024 segue como a maior preocupação de curto prazo da Anfavea. A entidade que reúne as montadoras com fábricas no Brasil, reclama, na verdade, dos veículos trazidos sobretudo da Ásia, já que os vindo dos países vizinhos de Mercosul são importados pelas próprias associadas e têm ainda parte dos componentes brasileiros.

Em outubro, perto de 47 mil veículos importados de todas as origens foram negociados no mercado interno, maior quantidade para um único mês no ano e 10,4% a mais do que em outubro de 2023.  Ao longo dos dez primeiros meses, os licenciamentos superaram 369,1 mil unidades, 36% a mais na comparação anual.

Segundo a Anfavea, de cada dois veículos importados de fora do bloco econômico sul-americano neste período, um veio da China.

Os produtos originários do país asiático responderam por 93,6 mil licenciamentos, 259% a mais do que em igual período do ano passado. “Mas há ainda quase 73 mil em estoque”, alerta Márcio de Lima Leite, presidente da entidade.

Os carros e comerciais chineses, a maioria elétricos e híbridos plug-in, representaram 25% do total de importados negociados no período. Menos apenas do que os fabricados na argentina, que alcançaram 176,1 mil licenciamentos.

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A comparação em números absolutos mostra praticamente estabilidade dos embarques argentinos para o Brasil, com oscilação de 1% sobre os dez primeiros meses de 2023.

Em compensação, a penetração dos veículos fabricados no país vizinho caiu sensivelmente, de 64% em 2023 para 48%. O terceiro polo produtor que mais contribuiu com as vendas de importados aqui foi o México. Com 37,5 mil unidades, vendeu 56% a mais.

Apesar dos embarques da China terem recuado sensivelmente (veja gráfico) neste semestre, após o segundo aumento da alíquota de imposto de importação para elétricos e híbridos, as vendas de carros chineses continuaram em elevação. Chegaram a 10,7 mil  unidades no mês passado, maior volume mensal da história.


Foto: Divulgação

George Guimarães
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