A Nissan vai reduzir sua capacidade produtiva mundial em 20% e demitirá 9 mil funcionários em todo o mundo, além de vender até 10% de sua participação na Mitsubishi Motors.
As medidas extremas visam atenuar os impactos de vendas em queda e custos em elevação, e economizar US$ 2,6 bilhões no atual ano fiscal de 2024.
O CEO Makoto Uchida prometeu um reviravolta no desempenho da empresa. O dirigente, contudo, não especificou quais operações ou regiões serão afetadas pelos cortes que representam mais de 6% do atual quadro de 133 mil trabalhadores da montadora japonesa.
Nesta quinta-feira, 7, a terceira maior fabricante de veículos do Japão apontou quedas nas entregas em mercados importantes como China e Estados Unidos um dos fatores para o faturamento de US$ 39 bilhões no primeiro semestre fiscal, de abril a setembro, 1% menor do que em igual período do ano passado.
Uchida reviu algumas projeções para o ano fiscal que se encerrará em março de 2025. Espera agora vender 3,4 milhões de veículos em todo o mundo, 7% abaixo do que calculara inicialmente, e praticamente empatar com o volume negociado no ano fiscal anterior.
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Com isso, ante o faturamento estimado inicialmente de US$ 91 bilhões, espera agora US$ 82 bilhões, 10% a menos. A empresa não informou a nova previsão de lucro — calculado em US$ 1,9 bilhão em um primeiro momento —, alegando incertezas no quadro global e a contínua elevação dos custos necessários “para os esforços de recuperação planejados”.
Uchida, que afirmou que abrirá mão de metade de seus rendimentos imediatamente, reconheceu que a empresa não vem respondendo com agilidade adequada para dar conta das mudanças do mercado mundial, como o rápido crescimento da demanda por modelos híbridos.
Mas alertou para a reavaliação de todas as operações e revisão de planos. “A Nissan vai reestruturar o seu negócio para se tornar mais enxuta e resiliente”, afirmou.
Foto: Divulgação