Sistemista diz que eventual nacionalização dependerá obrigatoriamente da demanda
AZF está se preparando para o aumento de demanda de equipamentos e tecnologias de segurança por força de legislação brasileira a partir de 2025 e anos seguintes.
Em estande na Fenatran, mostra do transporte de carga que acontece até o próximo dia 8 em São Paulo, a empresa expõe produtos importados, com aplicações imediatas e futuras, e que podem ser nacionalizados, ainda que parcialmente, em futuro não tão distante.
Alguns deles inclusive já estão presentes em caminhões e carretas produzidos aqui, mas, por enquanto, com oferta menos restrita a versões topo de gama. São tecnologias e dispositivos que contribuem para a segurança, conforto e redução das emissões, dentre outras áreas.
Silvio Furtado, vice-presidente de Soluções para Veículos Comerciais e Tecnologia Industrial da ZF América do Sul, vê nos ADAS, sigla em inglês para Sistemas Avançados de Assistência ao Motorista, segmento que apenas começa a caminhar no Brasil e, portanto, que tende a crescer substancialmente nos próximos anos.
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Com indisfarçável otimismo, ele exibe e explica os componentes e recursos do OnGuard MAX 2, já disponível para o mercado brasileiro e que utiliza radares, câmeras, sensores e softwares para detectar a presença de obstáculos, incluindo pedestre e animais nas estradas, e, em caso de inação do motorista, automaticamente freia o veículo até a imobilidade, se necessário.
Hoje todos componentes do sistema, que também incorpora aviso de saída de faixa de rolagem e piloto automático adaptativo, são importados. “Há espaço, sim, para nacionalização, mas depende da demanda”, diz Furtado, que considera mais clara a possibilidade de produção apenas parcial de alguns itens.
Para concretizar eletrificação dos caminhões on e off road e ônibus brasileiros no futuro, a ZF trabalha no desenvolvimento de produto que deve estar no mercado em dois anos: o AxTrax 2 Dual, eixo elétrico com potência máxima de até 450 kW e torque de saída máximo de 54.800 Nm.
Destaque no estande da empresa na Fenatran e equipado com motores síncronos de ímã permanente e tecnologia de transmissão de três marchas, na prática o sistema, que conta com inversores compactos e leves, e atuadores elétricos para trocas de marchas precisas, é um powertrain completo para atender veículos de peso bruto total de até 44 toneladas.
Para a frente de importância mais imediata para os fabricantes de implementos rodoviários por conta da legislação, a ZF fornece o iEBS, sistema de controle de estabilidade, antitravamento das rodas, permite maior integração entre cavalo e carreta e amplia eficiência operacional e até indica a carga.
Aplicável em freios a tambor ou a disco, em suspensões com feixes de molas ou pneumáticas, o equipamento controla a frenagem, monitora a pressão dos pneus, altura da suspensão, faz a telemetria, além de estar preparado para a incorporação de tecnologias ADAS .
Foto: Divulgação
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