Mesmo com participação menor, marca já estabeleceu vantagem segura para a vice-líder Jeep, que perdeu ainda mais penetração
Restam ainda quase dois meses de comercialização, mas é quase certo que a Volkswagen pode comemorar mais um ano como marca líder em utilitários esportivos no Brasil. Se assim for, será o bicampeonato — em 2023, ficou à frente do segmento pela primeira vez, quebrando uma hegemonia de sete anos da Jeep.
Em dez meses deste ano, a VW vendeu 127,1 mil SUVs, considerando T-Cross, Nivus, Taos e Tiguan. São 27,7 mil veículos a mais do que a vice-líder Jeep, que negociou 99,4 mil unidades do Renegade, Compass e Commander , além de números residuais de Wrangler e Grand Cherokee.
As participações das duas marcas, entretanto, encolheram frente a igual período do ano passado. A da alemã baixou de 18% para 16,9%, enquanto a da norte-americana foi ainda mais afetada e recuou de 17% para 13,2%.
A queda de 3,8 pontos porcentuais da Jeep evidencia, além do avanço da concorrência e de lançamentos recentes que afetaram também a líder VW, que as atualizações técnicas, novas versões e a maior oferta de conteúdos de série não foram suficientes, ainda, para reverter a queda no ranking do segmento, em especial do Compass.
Se há apenas dois anos o SUV médio e o Renegade brigavam pelo pódio e antes pelo primeiro lugar, em 2023 encerraram como o 4º e 8º modelos mais vendidos apenas.
Após os dez meses de este ano, o Compass caiu para 8ª posição, enquanto o Renegade, com 45,3 mil licenciamentos, apenas 5 mil unidades a mais do que no mesmo período do ano passado e com crescimento abaixo da média da categoria, subiu para 6ª colocação.
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O segmento de SUVs alcançou 753,3 mil unidades de janeiro a outubro, crescimento de 20,5%, acima portanto da dos 14,1% do mercado de automóveis em geral. Com mais marcas e muitos lançamentos, representa hoje 48,1% do total de veículos de passeio licenciados, contra 45,5% nos dez meses iniciais do ano passado.
Com 64,5 mil emplacamentos, o Volkswagen T-Cross dificilmente não repetirá a liderança conquistada pela primeira vez também em 2023. A vantagem de 7,8 mil unidades equivale a mais de um mês de vendas do recém renovado Hyundai Creta, vice-líder.
Se as duas primeiras posições do segmento não fugirão de Volkswagen e Jeep, também a Fiat, que deteve 9,5% dos licenciamentos até outubro, deve se consolidar no terceiro posto.
Daí para baixo, entretanto, o quadro muda de figura e o equilíbrio é total. A quarta colocada General Motors, com 7,8%, tem no encalço a Hyundai (7,5%) e Toyota (7,4%).
Na sequência aparecem Nissan (6,9%), mas seguida muito de perto pela Caoa Chery (6,7%), que tem colhido bons números com a oferta da nova versão de entrada Sport do Tiggo 7 e segue com longas filas de espera, próximas de 90 dias.
Foto: Divulgação
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