Mais destacado executivo da história recente da Volkswagen na América do Sul, responsável por deflagar a forte investida no segmento de utilitários esportivos, hoje principal filão de vendas da marca na região, o argentino Pablo Di Si não integra mais o Grupo Volkswagen.

Nesta terça-feira, 19, a montadora informou, em comunicado oficial, que Di Si renunciou ao cargo de CEO do Grupo Volkswagen da América, função que ocupava desde que deixou a operação sul-americana em meados de 2022, e que Kjell Gruner será seu sucessor a partir de 12 de dezembro.

“O mercado norte-americano com Canadá, México e Estados Unidos é um importante pilar estratégico para o Grupo Volkswagen. Os investimentos na produção local e em tecnologias inovadoras estão fortalecendo nossa presença global. Gostaríamos de agradecer a Pablo Di Si, que, junto com sua equipe local, tem feito uma contribuição duradoura para o fortalecimento das regiões americanas do nosso grupo”, acrescentou no mesmo texto Arno Antlitz, CFO e COO do Grupo Volkswagen.

Em mensagem em rede social, Di Si agradeceu os líderes da montadora alemã e reforçou que foi sua a iniciativa de deixar a montadora:

“Decidi há algum tempo que é hora de uma merecida pausa para o bem-estar e de passar mais tempo com minha família, amigos e focar em outras paixões profissionais que tenho. Após décadas de liderança em dois continentes, decidi renunciar ao cargo de Presidente e CEO do Grupo Volkswagen da América”.

O  executivo também fez breve avaliação do desempenho da operação norte-americana no curto período em que esteve no comando, destacando, entre outros aspectos, o início de produção na fábrica de Chattanooga do SUV  elétrico ID.4 em 2022. “Isto trouxe milhares de empregos a mais e bilhões em impacto econômico para a região”, enfatizou.

“Aumentamos [os negócios] a região em 25% no acumulado do ano até outubro de 2024, enquanto o mercado cresceu apenas 2,5%. A Volkswagen da América tem a linha de produtos novos e reformulados mais abrangente em mais de uma década. Isto continuará a gerar mais tráfego para o varejo e para nossos revendedores.”

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O executivo não antecipou se seguirá no setor. Afirmou, entretanto, que está “cheio de entusiasmo e expectativa pelo que o futuro reserva, tanto pessoal quanto profissionalmente”.

Ele ingressou no Grupo Volkswagen em 2014, após comandar a operação argentina da FCA, atual Stellantis. Em 2017, assumiu o comando da Volkswagen no Brasil e na América Latina para iniciar oferta mais ampla de SUVs nos principais mercados com T-Cross e Nivus, fabricados no Brasil, e o Taos, produto argentino.

Com vendas associadas do mexicano Tiguan, a Volkswagen assumiu a liderança em utilitários esportivos no Brasil no ano passado e repete a ponta também em 2024, tendo também o T-Cross como novamente o SUV mais vendido do País.  Em 2025 a montadora acrescenta mais um utilitário esportivo na linha brasileira, o Tera.


Foto: Divulgação

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