Picape da Mitsubishi ganhou em dimensões, conforto e estilo
A HPE apresentou a sexta geração da Mitsubishi Triton, principal produto da montadora localizada em Catalão, GO, responsável por praticamente metade das vendas da marca no mercado interno. É uma picape realmente nova, do chassi e suspensão ao motor e interior da cabine.
Oferecida em seis versões, algumas com preços abaixo dos praticados para opções equivalentes da geração anterior, entrará em regime de pré-venda a partir de dezembro, mas chegará às concessionárias mesmo somente em janeiro.
Os preços vão de R$ 250 mil a R$ 330 mil em função sobretudo do acabamento, já que cabine dupla, tração 4×4 e o novo motor — a diesel biturbo de 2,4 litros que rende 205 cv de potência e 47,9kgfm de torque — serão comum a todas, assim como a transmissão automática — a exceção é a manual da versão de entrada GL MT, exclusiva para vendas diretas.
A Triton tem ainda sete modos de direção – Normal, Eco, Gravel, Snow, Mud, Sand e Rock – e que ajustam a tração e o comportamento de acordo com a opção selecionada.
A topo de gama recebeu o nome Katana e cumpre o papel de mais esportiva combinada com boa lista de equipamentos de série, sejam de conforto, segurança ou auxílio à condução. Bem perto em termos de valor, está a HPE-S, com os mesmos equipamentos, mas que agradará a quem procura mais discrição e vê na picape um carro de passeio capaz de trafegar com desenvoltura fora da estrada.
Versões e preços
• GL MT (exclusiva para venda direta) – R$ 249.990
• GL AT (exclusiva para venda direta) – R$ 259.990
• GLS – R$ 265.990
• HPE – R$ 284.990
• HPE-S – R$ 314.990
• Katana – R$ 329.990
A picape é nova desde o chassi que tem 130 mm a mais de entre-eixos, cresceu 50 mm na largura e 20 mm no comprimento. Segundo a HPE, é o mais robusto já concebido pela Mitsubishi Motors e, apesar disso, mais leve e tem 60% mais rigidez flexional e 40% mais rigidez torcional em relação à geração anterior.
Com essa base ampliada, as dimensões também são maiores na carroceria, que não guarda qualquer semelhança de desenho com a atual. A dianteira destaca grade frontal dividida em três partes, assim como o maior para-choque cromado ou na cor da carroceria, dependendo da versão. Farois, setas e DRLs em LED também são inéditos.
Detalhes de acabamento em preto predominam na topo Katana, que tem ainda de série santantônio. Atrás todas as versões dispõem de lanternas com assinatura em LED.
O maior entre-eixos assegurou mais espaço no interior, que nada preservou do acabamento ou equipamentos atuais, inclusive o painel e o quadro de instrumentos, que tem mostradores físicos de velocidade, temperatura, nível de combustível e tacômetro, com as demais informações exibidas em painel digital de 7 polegadas.
Mercado ainda mais difícil
Com a reformulação total da Triton, a HPE nutre a expectativa de retomar espaço na preferência dos consumidores do segmento que cresce ano a ano e tem sido alvo de frequentes lançamentos, inclusive importados e de novas marcas.
De janeiro a outubro a Triton, agora oficialmente sem o prenome L200 a acompanhar, teve 9,1 mil unidades negociadas. Entre os mais vendidos sete modelos com capacidade de carga próxima de 1 toneladas e montadas sobre chassi, é a quarta colocada.
Em igual período do ano passado, a HPE negociou 9,7 mil unidades da picape. A queda de 6% na comparação anual explicita a perda de fôlego comercial da Triton, uma vez que o segmento avançou expressivos 18% e à exceção da Volkswagen Amarok, que acaba de passar por renovação, todas as concorrentes contabilizam avanços significativos nos emplacamentos.
A líder Toyota Hilux somou 41,6 mil unidades vendidas até outubro, 10% a mais, enquanto a segunda colocada Chevrolet S10 viu seus licenciamentos crescerem 15%, para 24,9 mil, a Ford Ranger, com 21,8 mil unidades, saltou 38%, assim como Nissan Frontier, que cresceu 37% e encostou nos 8,4 mil licenciamentos. E a novata Fiat Titano já contabiliza 3,8 mil unidades.
Foto: Divulgação
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