Claudio Sahad fala do momento positivo do setor no Brasil, que contrasta com Europa e EUA
Convidado do presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, para participar da última coletiva de imprensa de 2024 na quarta-feira, 12, o presidente do Sindipeças fez questão de exaltar a parceria entre montadoras, fornecedores e concessionários ao longo do ano, além de fazer balanço positivo do setor automotivo no País.
“Foi um ano desafiador, um período de muitas mudanças ainda em curso. Mas ao contrário da Europa, onde os fornecedores estão vendo os pedidos caírem, e dos Estados Unidos, onde há indefinições, aqui tem rota tecnológica a seguir. O Brasil tem o Mover, tem política industrial. Paradoxalmente, nós que sempre reclamamos temos previsibilidade para 2025”, destacou o empresário.
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Ele voltou a comentar que a previsão de investimento de R$ 50 bilhões por parte das autopeças até o final da década deve ser superada diante da demanda crescente no mercado brasileiro e da provável chegada de novos fornecedores ao País a partir do início de produção de marcas chineses, em particular a GWM e a BYD.
E anteviu dias melhores em função da importância do Brasil, da sua energia limpa, no contexto da descarbonização: “Nunca na história do setor teve uma aproximação tão grande entre Anfavea, Sindipeças e Fenabrave como neste momento. Não levamos mais pleitos ao governo, levamos propostas”, garantiu Sahad.
Ele elogiou postura da chinesa GWM de promover junto com o Sindipeças um encontro com fornecedores para mostrar seus planos de nacionalização de peças.
“Já no segundo semestre do ano que vem a GWM programa comprar peças no Brasil. Esperamos que a BYD faça a mesma coisa que a GWM e seu reúna com fornecedores no primeiro semestre para mostrar seus planos de localização da produção”, disse o presidente do Sindipeças.
Por fim, ele comentou que o setor já vem conversando com o governo federal sobre a necessidade de se investir em aumento das vendas para outros países,
“A grande virada de chave para o Pais está nas exportações. Nossas empresas têm feito lição de casa, são competitivas do portão para dentro. Mas temos entraves logísticos e tributários que os países que competem com a gente não têm. “Queremos condições de igualdade e vamos continuar juntos em 2025 para buscar melhorias conjuntas no setor”, conclui Sahad.
Foto: Divulgação/Sindipeças
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