Acada dois carros importados fora do Mercosul, um vem da China. Essa foi uma das informações divulgadas pelo presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, ao mostrar os resultados do setor este ano que, apesar de números altamente positivos no geral, indicam saldo negativo na balança comercial, o que não ocorria há dez anos.

A venda de carros chineses no mercado brasileiro deu um salto de 229% este ano, passando de 32,2 mil para 105.763 unidades no acumulado de 11 meses. Em contrapartida, a demanda pelos veículos argentinos cresceu apenas 1%, de 196 mil para 198,5 mil unidades.

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No primeiro caso a participação subiu de 10% para 26%, enquanto o país vizinho teve fatia reduzida de 64% para 48%. No geral, as importações tiveram expansão de 35%, de 307,2 mil para 413.894 veículos.

A estimativa para o ano é que a venda de importados chegue a 463 mil unidades, ante 403 mil exportados:

“É a primeira vez desde 2014 que a curva se inverte. É um quadro que requer atenção, não pode ser tendência”, comentou Lima Leite, lembrando que Anfavea e Sindipeças têm desenvolvido trabalho sobre incremento das exportações para apresentar ao governo federal.

O executivo voltou a destacar que ainda têm 70 mil unidades de modelos eletrificados em estoque no País. “Considerando esse volume, a quantidade de veículos vindos da China de janeiro a novembro sobre para 165 mil unidades, o que representa alta de 415% em relação ao importado de lá em 11 meses de 2023”, explicou.


 

Alzira Rodrigues
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