Já algum tempo uma possível fusão entre Honda e Nissan tem sido ventilada nos bastidores da indústria automobilística global. Nesta terça-feira, entretanto, a eventual união de duas das três maiores montadoras japonesas ganhou contornos ainda mais sólidos.

Segundo o importante jornal Nikkei, um acordo está, de fato, sendo costurado e poderia até mesmo incluir a Mitsubishi, da qual a própria Nissan é a maior acionista e que já tem atuação conjunta na aliança global Renault-Nissan-Mitsubishi.

A publicação japonesa afirma que Honda e Nissan — comandada por Makoto Uchida (foto), que vem enfrentando séria crise interna e de mercado —, assinarão proximamente memorando de entendimento para a constituição de uma holding.

Unidas, as duas montadoras comporiam uma concorrente de peso para a também local  Toyota, maior montadora do Japão e também mundial. Considerando as vendas de 2023, a nova empresa contabilizaria vendas globais de 7,4 milhões de veículos, 4 milhões apenas da Honda.

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Agregada a Mitsubishi, o volume subiria para 8,2 milhões, o que consolidaria a  futura parceria na segunda maior montadora do mundo, atrás somente da Toyota, que vendeu 11,2 milhões de unidades em 2023.

Oficialmente, as duas montadoras não confirmaram a fusão, embora tenham reafirmado a disposição de cooperação. Em comunicado oficial, a Honda enfatizou: “Informaremos nossas partes interessadas sobre quaisquer atualizações no momento apropriado”.

Honda e Nissan já têm parceria estabelecida para o desenvolvimento e produção de baterias e softwares no segmento de veículos elétricos.


Foto: Divulgação

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