Na primeira projeção da Anfavea para 2025, as apostas seguem na continuidade do crescimento em todas as variáveis do setor automotivo. Depois de fechar 2024 com vendas 2,6 milhões de autos leves e pesados, em alta de 14% sobre 2023, o maior índice dentre os principais mercado do mundo, a associação aponta para mais um crescimento de 6,6%, para 2,8 milhões de emplacamentos em 2025.
De acordo com Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, os indicadores sinalizam que o ritmo de venda deve continuar aquecido. “Embora tenhamos o desafio de custo do crédito mais caro com a alta dos juros, a concessão de crédito, por exemplo, cresceu 36% no ano passado, para quase R$ 200 bilhões em financiamento, enquanto a inadimplência caiu. Um bom sinal diante da necessidade de oferta de crédito para o setor”, resumiu durante apresentação do balanço do setor automotivo, na terça-feira, 14.
Para as exportações, após apresentar estabilidade em 2024, com pequena queda de 1,3% ao somar 398,8 mil embarques, a estimativa é de crescer 7,4% com 428 mil veículos exportados. Para concretizar o esperado, o representante da Anfavea adianta que a equipe da associação está debruçada em estudo de competitividade a ser apresentado em breve ao governo.
“A indústria automotiva brasileira precisa exportar mais, estamos perdendo espaço. No ano passado, foram a Argentina e o Uruguai que permitiram manter o fluxo de exportações. Em todos os outros mercados perdemos participação.”
Por fim, depois de terminar 2024 como o oitavo maior produtor de veículo mundo, com alta de 9,7%, a projeção inicial de produção para 2025 é de crescimento de 7,8% que, se concretizada superará 2,7 milhões de leves e pesados.
Para as projeções, a Anfavea se baseia em estimativas de indicadores econômicos, como crescimento do PIB, aumento do índice de confiança do consumidor, controle da inflação, taxa de empresa, juros e câmbio.
Foto: Divulgação Anfavea
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