Com o objetivo de debater o fortalecimento da produção nacional de motocicletas e bicicletas, entre outros temas, a direção da Abraciclo se reuniu no final da tarde de quarta-feira, 15, com o vice-presidente da República e ministro do MDIC, Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
Localizada na Zona Franca de Manaus, a indústria de veículos duas rodas apresenta resultados positivos em todas as áreas atualmente, com exceção das vendas externas. A entidade havia promovido, na véspera, encontro com a imprensa para divulgar o balanço do ano passado.
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Na ocasião, o presidente da Abraciclo, Marcos Bento, havia comentado que a indústria brasileira não consegue exportar para os países vizinhos, incluindo Argentina, porque esses mercados têm legislações ultrapassadas no que diz respeito à segurança e emissões.
Revelou, inclusive, que a entidade iria conversar com o governo brasileiro para que liderasse um movimento em prol de haver uma legislação simlilar para a produção e venda de motos na região.
O executivo diz que os fabricantes de Manaus exportam para mercados europeus, Estados Unidos e Austrália, mas não têm preços para concorrer na região por causa das tecnologias embarcadas em seus produtos: “A gente fala de injeção eletrônica e eles de moto carburada”, comentou.
Bento não deu entrevista após reunião com Alckmin, mas em material divulgado no Linkdin confirma que entre os temas em debate esteve a harmonização regulatória, um processo de alinhamento de regulamentos e normas técnicas entre diferentes paises ou regiões, com o objetivo de reduzir barreiras ao comércio e promover o desenvolvimento do mercado.
Entre outros temas da pauta, itens como descarbonização e infraestrutura logística da região amazônica, que em 2024 foi afetada por secas prolongadas que dificultaram a chegada de peças nas linhas de montagem.
As exportações do setor caíram 5,9% no ano passado, limitando-se a 31 mil unidades. Para este ano a expectativa é de alta de 13%, algo em torno de 35 mil embarques. Um número ainda tímido, segundo Bento, por conta da divergência de legislações na América do Sul.
Foto: Divulgação/Abraciclo
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